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18 de junho de 2016

Com tantas falcatruas, Brasília pode virar uma cidade-fantasma

"Todas as contribuições realizadas à campanha de Dilma em 2014 foram declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral. As contas foram todas aprovadas por unanimidade pelos ministros do TSE", declarou Edinho Silva, ex-ministro da Comunicação do governo de Dilma Rousseff e tesoureiro de sua campanha à reeleição. Mais um recitando a ladainha de sempre após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot solicitar o encaminhamento do processo para do processo para o juiz Sérgio Moro e ser atendido pelo ministro Teori Zavascki, visto que Edinho não tem mais direito a foro privilegiado. Segundo Janot, o tesoureiro de Dilma tinha o costume de ameaçar empresas a fazer doações sob pena de terem seus contratos com a Petrobras cancelados. Assim é que o Procuradoria-Geral da República (PGR) apurou que empresas que estão enroladas na Operação Lava-Jato fizerem sob coação de Edinho doações tanto oficiais como por "caixa dois". Só que tinha um agravante: as propinas eram também para o bolso do ex-ministro;

"Em minhas campanhas recebi doações de empresas, sempre de forma legítima, legal e declarada. Todas as contas foram aprovadas pela Justiça eleitoral", afirmou Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente do governo de Michel Temer. Segundo a PGR, o filho de José Sarney (o eterno) recebeu uma doação de R$ 400 mil da empreiteira Camargo Corrêa para sua campanha eleitoral de 2010 para deputado federal. Ele é um dos atingidos pela "metralhadora" do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, direcionada a cerca de 20 políticos de várias siglas partidárias (PT, PMDB, PSDB, PP e outras menores). Esses dois casos se juntam ao envolvimento de Aldo Rebelo, ex-ministro da Defesa do governo de Dilma, em desvios de dinheiro público proveniente do projeto "Minha Casa Minha Vida", conforme delação premiada do ex-deputado Pedro Corrêa. E mais um caso explode com mais um ministro de Michel Temer (Henrique Alves, do Turismo) deixando o Governo por não poder se defender da acusação de desvios de dinheiro público. Aí aparece Dilma Rousseff tentando ironizar a queda do quarto ministro de Temer, esquecendo que no primeiro mandato dele foram demitidos sete, todos indicados pelo ex-presidente Lula. Se continuar com tantos políticos sendo pegos metendo a mão em dinheiro público, daqui a alguns dias Brasília vai se tornar uma cidade-fantasma.

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