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26 de fevereiro de 2010

Zé Dirceu continua dando as cartas no Governo de Lula

Já era do conhecimento de muitos que o ex-ministro e ex-deputado federal José Dirceu continuava participando do Governo de Lula, mesmo tendo seu mandato cassado pela participação no Mensalão do PT, ao ponto de estar indiciado por formação de auadrilha em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Zé Dirceu também havia sido desligado do partido por ocasião do Mensalão do PT. Agora, ele acaba de ser incluído na nova cúpula do partido. E mais, ele é reconhecido como um dos coordenadores da campanha da candidata de Lula à sua sucessão;

Agora, Zé Dirceu aparece no noticiário como intermediário de uma transação, fruto de sua "consultoria" a alguém que foi aconselhado pelo "consultor" a comprar uma empresa falida pelo preço simbólico de R$ 1 real. Só que agora, por iniciativa do Governo ao qual Zé Dirceu está fortemente ligado, a tal empresa falida poderá render ao contratante da consultoria nada menos que R$ 200 milhões. É mais do que certo que Zé Dirceu se utilizou de informação privilegiada para provocar tão exorbitante lucro a alguém, para o que recebeu mais de R$ 600 mil pela "consultoria";

Pelo que se lê nas seções de cartas de leitores, parece que muita gente entendeu muito bem o que aconteceu. O Governo procura de todo jeito tirar o assunto da mídia, com fatos novos, mas a cobrança está em curso. Um leitor de "O Globo", Haroldo Mais, do Rio, na edição do dia 25/2,  escreveu: "O ex-ministro José Dirceu volta à cena política, inclusive com interferências remuneradas em transações de grupos, no mínimo, duvidosas. Para os incautos, ele estava afastado das decisões políticas desde que deixou a Casa Civil. Puro engano!. Nunca deixou de interferir nessas decisões de governo. Preocupa-me o que ainda está por vir neste ano de eleições";

Outro leitor, Oswaldo Cruz Vidal, do Rio, não deixa por menos: "José Dirceu, sumido do cenários político pela habilidade de Lula, após os epis[odios que - esperamos - o levam a julgamento no STF juntamente com a "turma" cujos nomes já estamos todos cansados de ouvir, de repente volta às manchetes. Respeitando sua históriaq, José Dirceu volta às manchetes por uma nova modalidade de negócios, desta vez usando a brecha aberta por Dilma, e que Lula havia habilmente fechado. Desta vez o assunto é a já longa e tenebrosa novela da Telebrás, ressuscitada por Lula em seus últimos discursos, sem que seja (ainda) totalmente claro o motivo desta manobra";

Também do Rio, o leitor Jorge Luiz Borba chama a atenção do seguinte: "Dizer que José Dirceu, que se sentava à direita de Lula, trabalhe com consultoria a empresas e não tenha nada de mais é totalmente falso. Ao vender seu conhecimento das estruturas do poder que ajudou a implantar e os contatos com gestores do governo e partidos políticos para empresas interessadas, pode ajudar a fazer negócios tanto para o governo como para essas empresas, com a liberdade necessária que jamais poderia ter dentro da máquina pública. É como se possuísse total imunidade, dentro e fora da estrutura do poder, para fazer negócios"';

Outro leitor do Rio, Hugo Hamann, escreveu: "Diante das novas acusações de lobby (mais uma) praticado por Zé Dirceu - agora, envolvendo o Plano Nacional de Banda Larga - cheguei à conclusão que o "ex-capitão do time" deveria ter seus direitos políticos imediatamente devolvidos, uma vez que o "consultor" José Dirceu parece ser mais nocivo ao país que o "deputado" José Dirceu";

Finalmente, Túllio Marco Carvalho, de Belo Horizonte, deixou o seguinte recado: "O maior cabo eleitoral da letárgica oposição ao governo Lula, por mais estrambólico que possa parecer, não será ninguém da oposição, e sim o e-ministro petista José Dirceu, que foi cassado e denunciado por formação de quadrilha no Supremo Tribunal Federal (STF), e qu volta a ter destaque negativo na mídia por conta de falcatruas envolvendo patrimônio público. Que a candidata de Lula à Presidência, Dilma Rousseff, abra os olhos, pois quem tem José Dirceu como amigo e coordenador de campanha eleitoral não precisa de inimigos";

Aí está um reetrato do que muita gente pensa e que certamente será mostrado ao eleitorado brasileiro quando a campanha oficial chegar na Televisão e no rádio. Se o povo ficar alheio a tudo isso e optar por manter essa gente no poder, seja o que Deus quiser...

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