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30 de março de 2015

O 'Distritão' poderá ser implantado numa reforma política

  • Quando estoura alguma demonstração de impopularidade do seu Governo, seja através de manifestações ou de pesquisas de opinião, a presidente Dilma logo aparece com uma proposta de reforma política, que é sempre a mesma, pela qual, se aprovada, o maior beneficiado seria o PT, pois o projeto traz inovações que há algum tempo são reivindicadas por vários segmentos do partido e de seus aliados;
  • Como as relações entre o PT e o seu maior aliado estão altamente abaladas, o PMDB resolveu, através do comando do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tomar a iniciativa de levar adiante a uma reforma bem diferente da que deseja o PT. Uma das principais reivindicações, o financiamento público das campanhas não é cogitado. Ao contrário, é rejeitado;
  • Sabemos que a reforma política, venha de qual lado vier, não é para beneficiar o eleitor. É para atender aos interesses pessoais de alguns líderes partidários. No entanto, está havendo alguma coisa que, se aprovada, vai ser interessante para o eleitor. Com o apoio do PMDB e de partidos da oposição, há grandes possibilidades de ser aprovado o 'Distritão', ou seja, as eleições para deputados federais e estaduais e vereadores passariam a ser majoritárias;
  • Implantado o 'Distritão', somente os mais votados seriam eleitos. O Rio de Janeiro, por exemplo, tem 46 deputados federais. Hoje, alguns exercem mandato apesar de terem obtido votação inferior a candidatos mais bem votados. O primeiro suplente da bancada fluminense seria o 47° colocado, independentemente de que partido seja;
  • Vamos torcer para que não vejamos mais candidatos como Enéias Carneiro e Tiririca 'elegendo' gente sem votos. Seria o fim do famigerado Quociente Eleitoral. Afinal, ninguém hoje em dia vota em partidos, mas sim em candidatos. Quem tiver votos, se elege, se não tiver, que tente novamente.

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