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26 de janeiro de 2019

Lula recebeu 572 visitas em seis meses de cadeia

Vai acabar a farra de visitas ao ex-presidente Lula na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba. É porque o Ministério Público Federal (MPF) pediu para a juíza Carolina Lebbos, titular da Vara de Execuções da Justiça Federal em Curitiba, que o Lula pare de receber visitas de religiosos às segundas-feiras. Ele receberá visitas nos mesmos dias dos demais presos.Em seis meses de prisão, o ex-presidente Lula recebeu 572 visitas em sua cela especial na Polícia Federal (PF) em Curitiba. A maioria foi feita por advogados com procuração para defender o petista, entre eles, políticos como o candidato derrotado do PT à Presidência, Fernando Haddad, que embora seja advogado, não atua nos processos contra o ex-presidente. A nomeação de políticos aliados como defensores permitiu ao ex-presidente comandar o PT e a campanha de Haddad da prisão. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, o tesoureiro, Emídio de Souza, o deputado Wadih Damous e os ex-deputados Luiz Eduardo Greenhalgh e Luiz Sigmaringa Seixas também receberam procurações. Isso possibilitou visitas a Lula de segunda a sexta, direito previsto em lei para defensores de presos. O período de maior movimento na cela de Lula foram os dias que antecederam e sucederam a cassação de sua candidatura pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Haddad visitou Lula nos dias 27 e 30 de agosto e voltou na tarde daquele mesmo dia. Foram 21 visitas de Haddad entre 17 de maio e 8 de outubro, um dia depois da votação em primeiro turno, num total de cerca de 400 horas de conversas, segundo os registros da PF. No dia 9, a presidente do PT anunciou que Lula teria mandado um recado: "Manda o Haddad fazer campanha, não precisa vir mais aqui". E assim foi feito.

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