Estão acontecendo algumas
manifestações tendo como tema 'Não vai ter Copa'. O Governo já anunciou que vai
tomar providências enérgicas para conter manifestações violentas durante a Copa
Fifa 2014. E é assim que deve agir. No ano passado, durante a Copa das
Confederações, explodiram as manifestações, mas os jogos não foram afetados
porque foram providenciados bloqueios nas proximidades dos estádios com
rigorosa filtragem daqueles que se dirigiam aos estádios, aos quais eram
exigidos os respectivos ingressos para poderem chegar até os estádios. É certo
que em alguns locais houver alguma violência partindo do radicalismo dos
manifestantes e também de policiais. Para a Copa, poderá haver a novidade dos
Black Blocs, algo que não aconteceu no ano passado. Mas para esses a repressão
programada será bem rigorosa;
A maioria dos protestos diz
respeito aos gastos excessivos de dinheiro público principalmente com obras de
construção e reforma dos estádios, agora pomposamente denominados arenas,
alguns com valores majorados em até 100% relativamente aos custos previstos
inicialmente. Pior ainda, as obras anunciadas em 2007, quando o Brasil foi
confirmado como sede do evento, que trariam benefícios para o país, muitas
delas sequer saíram do papel e outras ainda estão sendo tocadas com acentuado
atraso, além de outras que não serão mesmo concluídas. Estão neste último caso
as reformas dos aeroportos. Quando o Brasil se dispôs a sediar a Copa, o então
presidente Lula anunciou em alto e bom som que todas as despesas seriam
bancadas pela iniciativa privada, algo que comprovadamente não aconteceu,
cabendo ao BNDES financiá-las com juros baixíssimos e com prazos de décadas
para serem resgatados;
Apesar disso tudo, não tem
cabimento a não realização da Copa. Seria a pior coisa que poderia acontecer
para a imagem do Brasil no resto do mundo. Seria o maior desperdício de todos
os tempos se 12 arenas não fossem utilizadas. Tem, sim, que se
exigir do Governo que os benefícios aconteçam. Também têm que ser responsabilizados
quem tenha colaborado para tais majorações. Mais ainda, têm que ser punidos os
que tenham lucrado de modo escuso com propinas oriundas das exageradas
majorações dos custos da Copa, fazendo-os devolver à União aquilo que entrou em
suas contas de modo indevido;
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