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25 de agosto de 2017

O Ministro Luís Barroso demonstra que nem tudo está perdido no STF

“O modelo político atual incentiva o pior nas pessoas”. Esta declaração é do ministro Luís Fernando Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) feita em entrevista a um jornal diário do Rio de Janeiro na qual defende uma ampla reforma do sistema político do país, para ele a única saída para atrair “os bons” para a atividade politica, que surjam novas lideranças. Para o ministro, se o Congresso Nacional alguns itens que estão sendo discutidos, como a proibição de coligações, já terá acontecido um bom avanço. Para ele, as características principais da atividade dos nossos políticos tão logo tomam posse, é começar a campanha em busca da reeleição quatro anos depois. Um dos motivos para esse alheamento dos cidadãos está na simples observação do que ocorre atualmente. O presidente Michel Temer foi denunciado criminalmente por corrupção passiva, um ex-presidente (Lula) foi condenado criminalmente, e outro ex-chefe do Executivo Federal (Fernando Collor) teve a denúncia recebida pelo STF. Para uma decepção ainda maior dos eleitores, a colaboração premiada da empresa Oldebrecht envolveu nada menos que 20 partidos e mais de 1.500 políticos;

As últimas decisões e declarações do ministro do STF, Gilmar Mendes, também foram abordadas por Luís Roberto Barroso, principalmente no que se refere às rusgas com o procurador Geral da República Rodrigo Janot. Ele acha que o ministro, como qualquer pessoa, tem todo o direito de opinar. No entanto, está ocorrendo no Brasil uma mudança junto à opinião pública quanto à prática de corrupção, e para isso em muito contribuiu e ainda contribui a atuação do Ministério Público Federal (MPF), em como considerável parcela da Magistratura. No caso de Rodrigo Janot, o ministro Barroso afirmou que ele faz parte de uma tradição dos procuradores da República de integridade, de dedicação à causa pública e de enfrentamento à uma elite que em grande parte se deixou corromper. E destacou: “Ele não participa de pactos de compadrio que sempre caracterizou a classe dominante brasileira, movida pela crença de que os ricos não podem ser punidos”.

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