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21 de abril de 2016

Dilma, falar em 'golpe' na ONU é desrespeitar o Brasil

Não deixa de ser uma atitude ridícula a presidente Dilma aproveitar os holofotes de uma reunião da ONU para assinatura de um acordo climático e, principalmente, de chefes de governos, para diante da imprensa internacional repetir a ladainha de que estaria sendo vítima de um "golpe", que é o processo de impeachment que tramita no Senado. Três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) criticaram de modo veemente o comportamento dela. O ministro Celso de Mello, o mais antigo da Corte, disse: "Ainda que a senhora presidente da República veja, a partir de uma perspectiva eminente pessoal, a existência de um golpe, na verdade, há um gravíssimo equívoco". Até Antonio Dias Toffoli, ex-advogado de Lula e do PT, também criticou a presidente: "Alegar que há um golpe em andamento é uma ofensa às instituições brasileiras. E isso pode ter reflexos ruins inclusive no exterior". Finalmente, o ministro Gilmar Mendes foi bem claro: "As regras do Estado de Direito estão sendo observadas";

Pior será se Dilma utilizar a tribuna da ONU para fazer tal afirmativa, desviando-se do tema a reunião. Além das críticas de magistrados do STF, a oposição também critica Dilma. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que está em Washington, vai procurar a imprensa internacional e investidores para dizer que o Brasil está com suas instituições em pleno funcionamento. Portanto, não cabe à presidente desrespeitar o STF e a maioria da população e da Câmara que exigem seu impeachment. De qualquer forma, o que disser poderá não ter nenhum efeito, porque a maioria dos países sabe de tudo através da imprensa ou de seus serviços de inteligência. Enquanto isso, ela está com a cordo no pescoço, uma vez que a comissão do impeachment no Senado tem maioria para despejá-la dos palácios de Brasília.

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