É certo que a Petrobras tem
assunto novo todos os dias. Não param de surgir notícias sobre maracutaias e
"ganhos extras". O mais recente fica por conta do deputado petista
André Vargas, 1° vice-presidente da Câmara dos Deputados, aquele do jatinho do
doleiro, um tal de Youssef, que tem ligações com nove empresas fornecedoras da
Petrobras num total de cerca de R$ 35 milhões. Não coincidentemente essas
empresas são generosas contribuintes para as campanhas eleitorais de Lula e
Dilma Rousseff e de outros figurões do PT. Apesar disso, o Governo usa seu
'rolo compressor' no Congresso para impedir a criação de CPI para investigar a
Petrobras e ainda impede que ministros e a presidente da estatal dêem
explicações aos parlamentares. Tudo dá a entender que o governo do PT e aliados
têm algo a esconder, ou seja, uma autêntica confissão de culpa de terem causado
uma desvalorização das ações da empresa dando prejuízos incalculáveis aos seus
acionistas;
Mas outro escândalo chama a
atenção em torno de um assunto que andava meio esquecido sob a avalanche de
escândalos da Petrobras. Trata-se do programa Mais Médicos, mais
especificamente a contratação ilegal de médicos cubanos, que recebem uma parte
dos salários, de aproximadamente R$ 10 mil, e pondo a mão em apenas R$ 3 mil,
indo o resto para Cuba sem que se saiba que eles recerão essa parte, como
afirmam que acontecerá. Tanto é que o Ministério Público Trabalhista já entrou
no assunto e está exigindo que seja respeitada a legislação brasileira. Também
a Associação Médica Brasileira (AMB) está procurando convencer os cubanos a se
habilitarem a trabalhar legalmente fora do programa do Governo em empregos a
serem garantidos pela entidade;
Esta semana, um repórter do
jornal 'O Globo' hospedou-se no Hotel Excelsior, em São Paulo, onde estão 550
médicos de Cuba preparando-se para ingressar no Mais Médicos. Eles têm aulas
pela manhã e à tarde e ainda ficam até tarde para que possam começar a
trabalhar o quanto antes. Há um 'xerife' chamado Rosilder Prometa que dá as
ordens e vigia todos os passos dos médicos cubanos. Esse cidadão controla
horários de saída e volta dos médicos e até cronometra o tempo de conversas
telefônicas deles, com ajuda de outros cubanos e até de seguranças do hotel.
Ele teve inclusive acesso à ficha que o repórter preencheu com a conivência dos
funcionários do Hotel Excelsior. Ao ver o novo 'hóspede' fazendo muitas
perguntas, Prometa fez uma ameaça: “Você
está mexendo com coisa perigosa". Isso é um absurdo. O hotel é uma
empresa privada e isso configura crime que tem a obrigação de ser devidamente
apurado;
Para demonstrar o quanto o
Governo da presidente Dilma está enrolado, o ex-ministro da Saúde Alexandre
Padilha, candidato do PT ao Governo de São Paulo, não deu bola para a
reportagem, praticamente a desmentindo. Enquanto isso, alguns parlamentares
estão se movimentando para criar uma comissão interna para apurar o tratamento
que está sendo dado aos cubanos. Para demonstrar a indignação que deve ser a
reação racional quanto a esse trabalho escravo dos cubanos, "o Globo'
publicou, com o título "Ditadura",
a seguinte opinião: "Sabia-se
que os médicos cubanos participantes do programa Mais médicos, do governo
federal, estão submetidos a um contrato esdrúxulo, pelo qual ficam com apenas
30% da remuneração paga pelo governo brasileiro. Agora saber-se que o governo
da família Castro decidiu mantê-los em condições análogas às que viviam na ilha
caribenha: isolados e sob permanente vigilância. Na prática, o Brasil permitiu
que Cuba implantasse uma sucursal da ditadura na cidade de São Paulo”.
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