Nós estávamos comemorando as prisões
preventivas de criminosos de colarinho branco (políticos e empresários)
decretadas por juízes de primeira instância, como resultado da Operação
Lava-Jato, numa prova inconteste da eficiência da Justiça, três ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) integrantes da 2ª Turma do Supremo deram início
a uma luta contra aqueles magistrados. Pelo placar de três votos (Dias Toffoli,
Ricardo Lewandowiski e Gilmar Mendes) contra dois (Edson Fachin, que é o
relator dos processos da Lava-Jato, e Celso de Mello, o decano dos ministros),
eles determinaram a soltura do ex-ministro José Dirceu, mesmo sabendo que ele
depois de condenado no processo do “Mensalão do PT” continuou recebendo
propinas provenientes daquele processo, e também as oriundas do processo do
“Petrolão”. Apesar das gritantes evidências constatadas através de delações,
documentos e gravações, os “defensores” de Zé Dirceu estabeleceram que sem um
pronunciamento de um colegiado de juízes não cabia a prisão preventiva por tão
logo tempo. Como a Procuradoria-Geral da República (PGR) irá recorrer, não é
impossível que na manifestação do plenário o petista seja devolvido ao xadrez,
bastando para isso que quatro ministros acompanhem os votos de Edson Fachin e
Celso de Mello. Pelo que se sabe, parece que existem mais votos entre os demais
magistrados do que o número necessário para derrubar esse absurdo. Quanto a
nós, cabe protestar através de todos os meios contra esta estapafúrdia decisão.
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