Está em foco
uma nova batalha dentro do Poder Judiciário. O pedido de impedimento do ministro
Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no caso Eike Batista, feito
pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, serviu para ampliar a tensão
no Supremo, que já estava bastante quente desde a semana passada, quando a 2ª
Turma da corte decidiu, por três votos contra dois, soltar presos provisórios
da Operação Lava-Jato. Gilmar Mendes estava dando aula quando o pedido de Janot
tornou-se público. Auxiliares do ministro começaram a levantar todos os casos
em que o escritório da mulher dele atuou pelo grupo de Eike Batista e
informaram que não há caso na área penal. Com o ataque de Janot sobre Gilmar, a
pressão adora vai para a presidente do STF, Cármem Lúcia, que poderá decidir
sozinha a questão ou encaminhá-la ao plenário. O procurador-geral da República
foi mais longe. Ele solicitou a anulação de todos os casos ligados à Lava-Jato
decididos por Gilmar. Em sua argumentação, Janot cita o Código de Processo
Civil e o Código de Processo Penal, que estabelecem: “o juiz é considerado
suspeito se qualquer das partes for sua credora, de seu cônjuge ou companheiro
ou parentes destes, em linha reta até o terceiro grau”. É que a mulher de
Gilmar, a advogada Guiomar integra o escritório de advocacia de Sérgio
Bermudes, que defende Eike Batista. Apesar da alegação de não participar da
defesa do milionário empresário, Rodrigo Janot alega que ela é beneficiária
porque participa dos lucros do escritório. Está aí mais uma batalha entre
juristas que está prendendo a atenção dos espectadores. Com a palavra a presidente
do Supremo, ou os ilustres ministros da STF.
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