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3 de maio de 2017

O sujeito rouba dinheiro público, e tem quem vá para as ruas para defendê-lo

Pode parecer incrível, mas manifestantes se enfrentaram na tarde hoje em frente ao prédio da Justiça Federal do Paraná, onde o ex-ministro José Dirceu esteve para colocar a tornozeleira eletrônica, conforme determinou o juiz Sergio Moro, após decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de revogar, ontem, a prisão do petista, que chegou ao local num carro da Polícia Federal (PF). Do lado de fora, agentes tiveram que criar um cordão de isolamento para separar pessoas que protestavam a favor e as que criticavam a decisão do Supremo, que suspendeu a prisão preventiva do ex-ministro, detido desde. Moro determinou que, além do uso da tornozeleira eletrônica, o ex-ministro não poderá deixar a cidade de sua residência, em Vinhedos, São Paulo. Na noite ontem, a Segunda Turma do Supremo havia revogado, a prisão preventiva dele, que está preso desde 2015 no Complexo-Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Moro também determinou que Dirceu ficasse proibido de se comunicar, por qualquer meio, com acusados ou testemunhas das ações penais do qual é alvo na Lava-Jato, bem como com pessoas que possam intermediar qualquer tipo de comunicação, com exceção das testemunhas de defesa arroladas do ex-ministro, que também deverá comparecer a todos os atos do processo, além de atendimento às intimações, salvo em caso de dispensa pela Justiça. Dirceu também fica proibido de deixar o país e deverá entregar em juízo passaportes brasileiros e estrangeiros. O juiz federal não exigiu pagamento de fiança para que Dirceu deixe a prisão por entender que já há ação de sequestro de bens proposta contra ele. Em maio do ano passado, Dirceu foi condenado a 23 anos de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Na sentença, Moro decidiu manter a prisão preventiva. Posteriormente, o ex-ministro da Casa Civil teve a pena reduzida para 20 anos e 10 meses. Ele foi acusado de receber mais de R$ 48 milhões por meio de serviços de consultoria, valores que seriam oriundos de propina proveniente de esquema na Petrobras, de acordo com os procuradores da Lava-Jato.

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