Até quando vão acontecer manobras nos
bastidores de Brasília buscando salvar a pele do grande número de políticos envolvidos
em falcatruas relativas a desvios de dinheiro público através do recebimento de
propinas? Quem faz parte do Governo e não é do ramo de ‘malfeitos’ cai fora,
como foi o caso de Maria Silvia Bastos Marques, que pediu exoneração do cargo
de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
onde atuava de modo eficiente, e com honestidade. O presidente Michel Temer já
colocou um substituto no cargo, do qual se espera que não reabra os cofres do banco para
financiar obras como o porto em Cuba, metrô em Caracas, estradas e pontes em
Angola, com juros muito baixos e prazo de pagamento longos demais, tudo fora
dos padrões normais do BNDES, ao invés de investir em obras no país e
financiamentos de empresas nacionais, como vinha acontecendo nos governos de
Lula e Dilma e com outras formas ilegais no governo Temer, quando sob sua condescendência
empresários brasileiros tinham que pagar propinas para conseguir a liberação de
financiamentos, também com os mesmos critérios danosos de juros e prazos para
pagamento;
Manifestantes que viajam de graça em cerca de
500 ônibus fretados em vários estados e recebendo cachê pedindo a volta do PT
ao poder é uma coisa normal. Estranho é observarmos pessoas esclarecidas, mas
presas a posição ideológica também pleitearem a volta de Lula à Presidência da
República e a consequente volta das atividades nada favoráveis ao
desenvolvimento do país. Com a exoneração de Maria Silvia, o Governo perde uma
pessoa respeitada em vários países, honesta e que tinha a coragem de servir
como barreira a empresários e políticos corruptos. Ela também era favorável a
financiamentos para pequenas empresas e não apenas para grandes empresários,
com o que surgiriam inúmeros empregos num país que tem hoje cerca de 14 milhões
de desempregados. É inaceitável que tudo continue a acontecer como vem
ocorrendo até hoje. Resta uma esperança em delações premiadas que estão sendo
esperadas, e que segundo se sabe, vão tornar bem pequenas as que até agora
aconteceram como as recentes da Odebrecht e da JBS. Que venham o mais rápido possível.
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