O ex-presidente da OAS José
Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, entregou ontem à Justiça registros de
encontros com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o presidente do
Instituto Lula, Paulo Okamotto, e com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
A defesa de Léo Pinheiro afirmou que os registros dos encontros estavam na
agenda dos celulares do empreiteiro. Um dos arquivos entregues por Léo Pinheiro
tem 41 páginas. O documento indica três reuniões no Instituto Lula: em 23 de
fevereiro de 2012, em 27 de julho de 2012 e 16 de abril de 2013. O material foi
anexado à ação penal na qual Léo Pinheiro e Lula são réus. Os documentos foram
entregues com o objetivo de corroborar o depoimento do empreiteiro. O executivo
afirmou a Sérgio Moro que o tríplex de Guarujá era de Lula. O ex-presidente é
acusado pelo Ministério Público Federal de receber R$ 3,7 milhões em benefício
próprio – de um valor de R$ 87 milhões de corrupção – da empreiteira OAS, entre
2006 e 2012. Segundo a denúncia da Lava-Jato, em fevereiro de 2014, Léo
Pinheiro solicitou a Fábio Yonamine, então presidente da OAS Empreendimentos,
que o apartamento 164-A do Condomínio Solaris fosse preparado "com sua
limpeza e retoques na pintura" para a visita de Lula. Segundo disse Léo
Pinheiro, a força-tarefa da Lava-Jato, Yonamine se encontrou ele e ambos foram
no mesmo carro para São Bernardo do Campo, onde encontraram Lula e a
ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro de 2017. De lá, seguiram
todos para o Condomínio Solaris, no Guarujá. Em depoimento a Moro, Lula
confirmou que esteve uma vez no tríplex, em fevereiro de 2014. Em outra
mensagem entregue à Justiça, um interlocutor diz a Léo Pinheiro em 6 de junho
de 2014: "Léo, amanhã vou pra o nosso tema para esvaziar o lago para
impermeabilizar. Eles, eu soube que vão estar lá para acompanhar a despesca.
Mas não tenho certeza. Se desejar podemos combinar”. De acordo com o Portal da
Transparência, um dos seguranças de Lula esteve no sítio de Atibaia entre 6 e
10 de junho. Se alguém puder, explique por aqui, qual o motivo de tanta
negativa, e por quê Lula iria visitar um apartamento que não queria comprar,
mas que sua falecida esposa acompanhava o andamento das reformas, como se fora
uma assessora da OAS.
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