Por causa dos últimos
fatos que revelaram uma total deterioração do quadro político, muita gente tem
gritado pedindo que os militares intervenham para colocar ordem no país.
Intervenção militar é o uso das forças militares (Exército, Marinha e
Aeronáutica) para controlar determinada situação, que deveria ser de
responsabilidade de outro tipo de força ou autoridade (poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário). A intervenção militar é uma forma de ‘tomar as rédeas’ do Governo
brasileiro seria uma ação totalmente
inconstitucional, visto que está previsto em lei que as Forças
Armadas, ao contrário de ameaçar o sistema democrático, os Três Poderes e a
soberania da Presidência, têm o dever de protegê-los;
Assim
sendo, a chamada ‘Intervenção militar constitucional’ é um equívoco baseado na
má interpretação do Art. 142 da Constituição
Federal, que diz: “As
Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica,
são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem", ou seja,
as Forças Armadas devem fazer a lei se cumprir, e a lei diz ser obrigação dos
militares defenderem a autoridade suprema do Presidente da República, e não
ameaçá-la. No dia 1º de abril de 1964, o governo de João Goulart (após
renúncia do presidente Jânio Quadros) foi deposto e o regime militar teve
início alguns dias depois, a partir de um golpe de Estado. Há quem diga que a
tomada do poder pelos militares tinha até a intenção de ser temporária, mas o
chamado Comando Revolucionário extinguiu o Congresso Nacional, cancelou a
eleição presidencial prevista para 1965, e o fim da ditadura militar no Brasil
somente aconteceu em 1985, 21 anos depois.
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