Quem estiver
pensando em tumultuar a audiência do ex-presidente Lula ao juiz Sérgio Moro, em
Curitiba, na próxima quarta-feira, pode tirar o cavalinho da chuva. Nesse
processo, Lula é acusado de receber propina da empreiteira OAS por meio das
reformas de um apartamento tríplex no Guarujá e de um sítio em Atibaia, ambos
em São Paulo. A defesa do ex-presidente nega que ele seja dono dos imóveis. O
esquema de segurança para o depoimento inclui a separação dos grupos pró e
contra Lula, que marcaram manifestações para aquela data. A Secretaria de
Segurança Pública (Sesp) do Paraná detalhou o esquema, determinando que os atos
a favor de Lula devam ser realizados no calçadão da Rua XV de Novembro. Quanto
aos atos contra, estes deverão ser realizados na região do Centro Cívico.
Haverá um bloqueio em um raio de 150 metros em torno do prédio e apenas
jornalistas credenciados e moradores poderão passar pelos policiais. A Polícia
Militar do estado vai cuidar da segurança nas ruas ao redor do prédio da
Justiça Federal, que será monitorado pela Polícia Federal. A Direção do Foro
suspendeu os prazos processuais e o atendimento ao público no dia do
interrogatório. Além disso, segundo decisão da diretora do Foro, a juíza
federal Gisele Lemke, também não poderão entrar no prédio magistrados,
servidores, estagiários e terceirizados. Ela estabeleceu que o acesso ao
edifício Manoel de Oliveira Franco Sobrinho (sede Cabral) somente será
permitido às pessoas envolvidas com a realização e apoio da audiência,
devidamente autorizadas pela Direção do Foro, conforme lista a ser encaminhada
à Polícia Militar do Estado do Paraná. A Polícia Militar informou que monitora
e já tem notícias de grupos favoráveis e contrários que se deslocam para a
capital. Mas não confirmou o número de ônibus que seguem para Curitiba. Os
grupos ficarão em pontos distintos da cidade. O objetivo da Sesp é garantir a
livre manifestação democrática e pacífica.
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