O ex-ministro José Dirceu (PT)
foi denunciado pela terceira vez na Operação Lava-Jato, segundo informações
divulgadas hoje pelo Ministério Público Federal (MPF). Para a força-tarefa,
Dirceu recebeu R$ 2,4 milhões desviados de contratos da Petrobras elas empreiteiras Engevix e UTC.
A nova denúncia foi divulgada no mesmo dia em que o Supremo Tribunal
Federal (STF) deve julgar o pedido de habeas corpus do ex-ministro.
Segundo o procurador Deltan Dallagnol, a nova acusação vem em um momento
"oportuno", quando se discute no STF a necessidade da prisão de
Dirceu. "Evidentemente, esta acusação já estava sendo amadurecida. É uma
acusação que estava para ser oferecida e, em razão da análise de um habeas
corpus, teve uma precipitação no objetivo de oferecer novos fatos ao STF",
disse Dallagnol;
A defesa de Dirceu afirmou estranhar a ação da
força-tarefa. "Isso me faz pensar que estão utilizando o direito de denunciar
para fazer valer sua vontade", declarou o advogado Roberto Podval.
Condenado a penas que somam mais de 32 anos de prisão nas outras duas
denúncias, Dirceu está detido em Curitiba desde 2015. Ele foi
ministro-chefe da Casa Civil do primeiro mandato do ex-presidente Lula, entre
2003 e 2005. Ele também cumpriu penas após ser condenado pelo escândalo do “Mensalão
do PT”. "A liberdade do réu acarreta sérios riscos para a sociedade em
razão da gravidade dos crimes, da reiteração delitiva e da influência do réu no
ambiente político-partidário. Dirceu já foi condenado por dezenas de atos de corrupção
e lavagem entre 2007 e 2013, somando mais de R$ 17 milhões. Muitos crimes foram
realizados durante o próprio julgamento do mensalão, o que é um acinte à
Justiça", afirmou Deltan Dallagnol.
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