A decisão do
ministro Edson Fachin de empurrar para o plenário o habeas corpus de Antônio
Palocci causou irritação generalizada na 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal
(STF), que trata dos casos da Lava-Jato. Integrantes e assessores da Corte não
economizaram críticas a Fachin. Disseram que ele deu provas de que não tem
“calosidade” para ocupar a posição em que está. Houve ainda ironia pelo fato de
a decisão ter sido combinada com a presidente do Supremo, Cármem Lúcia.
Advogados da Lava Jato aproveitaram para jogar ainda mais gasolina no episódio,
dizendo que Edson Fachin desacreditou a 2ª Turma. Também destacaram que,
ganhando ou perdendo no plenário, Fachin terá de conviver com a 2ª Turma até o
fim da Lava-Jato. A decisão de Fachin joga por terra as especulações sobre uma
provável libertação de Palocci, depois que a 2ª Turma andou tirando do xadrez
um grupo de figurões ligados ao PT, e que há boatos informando que membros de
tribunais também serão denunciados, em audiência marcada para hoje, às 14 horas, na sede da
Justiça Federal, em Curitiba, o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato
Duque, prestará depoimento ao juiz Sérgio Moro na ação penal que investiga se o
ex-ministro Antônio Palocci recebeu propina para atuar a favor da
Odebrecht. Duque já foi condenado em quatro ações da Operação Lava-Jato a
mais de 50 anos de prisão, e também é réu em pelo menos outros seis processos
decorrentes da operação que estão em andamento na 13ª Vara Federal de Curitiba.
No depoimento marcado para o dia 17 de abril, ele ficou em silêncio, mas
agora pediu para ser interrogado novamente pelo juiz.
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