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19 de maio de 2017

As últimas delações comprovam que o Brasil é ‘presidido’ por empresários

De quarta-feira pra cá o Brasil está às voltas com um furacão que provocou um rebuliço nos meios políticos. As delações de Joesley Batista, dono da empresa JBS, causaram mais impacto que as dos executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht, porque trazem sérias acusações ao presidente da República, Michel Temer, e ao senador do PSDB, Aécio Neves, que também é presidente nacional do partido. As gravações revelaram atos de tal gravidade, que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), viu-se obrigado a afastar o senador tucano do exercício do mandato e a abrir investigação contra o chefe do Executivo. No caso de Aécio, um dos presidenciáveis do PSDB, acabou de pedir licença do cargo de presidente da agremiação, para diminuir o desgaste que pode prejudicar os demais pré-candidatos à eleição de 2018. Quanto a Michel Temer, alguns de seus apoiadores e ministros sugeriram que ele renuncie ao mandato, porque muitos deles ameaçam não votar nos projetos da reforma Trabalhista e da Previdência;

Ocorre que pelas declarações de Joesley Batista pode-se chegar à conclusão de que nos últimos anos, em especial nos mandatos de Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer, o dono da JBS era uma espécie de presidente-adjunto da República, indicando nomes para cargos importantes da administração, pessoas que cuidariam dos interesses da empresa, que é uma das maiores do mundo em seu ramo de negócios. Joesley também mandava tirar do cargo quem estivesse atrapalhando seus negócios, o mesmo acontecendo com Marcelo Odebrecht. Para culminar, a expansão da JBS no exterior era financiada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com juros baixíssimos e com prazos fora do normal, com o agravante de o Governo comprar ações da empresa, sabendo-se que o BNDES não á um banco comercial. E então, haja propina para gente de partidos de qualquer tipo de ideologia, numa clara compra de silêncio. Conclui-se portanto, que o melhor para o país é que Michel Temer saia da Presidência da República e que a ministra Cármen Lúcia assuma o cargo – o presidente da Câmara do Deputados, Rodrigo Maia, e o presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira, estão impedidos por serem réus na Operação Lava-Jato – convoque eleição indireta para os cargos de Presidente e Vice-presidente da República, para que o país seja entregue ao que for eleito em 2018 até certo ponto organizado, pois a continuação de Temer no cargo é um passo para a desordem institucional, e o Brasil acabe se tornando numa nova versão da Venezuela.

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