De quarta-feira pra cá o Brasil está às
voltas com um furacão que provocou um rebuliço nos meios políticos. As delações
de Joesley Batista, dono da empresa JBS, causaram mais impacto que as dos
executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht, porque trazem sérias
acusações ao presidente da República, Michel Temer, e ao senador do PSDB, Aécio
Neves, que também é presidente nacional do partido. As gravações revelaram atos
de tal gravidade, que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF),
viu-se obrigado a afastar o senador tucano do exercício do mandato e a abrir
investigação contra o chefe do Executivo. No caso de Aécio, um dos presidenciáveis
do PSDB, acabou de pedir licença do cargo de presidente da agremiação, para diminuir
o desgaste que pode prejudicar os demais pré-candidatos à eleição de 2018.
Quanto a Michel Temer, alguns de seus apoiadores e ministros sugeriram que ele
renuncie ao mandato, porque muitos deles ameaçam não votar nos projetos da
reforma Trabalhista e da Previdência;
Ocorre que pelas declarações de Joesley
Batista pode-se chegar à conclusão de que nos últimos anos, em especial nos
mandatos de Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer, o dono da JBS era uma espécie de
presidente-adjunto da República, indicando nomes para cargos importantes da
administração, pessoas que cuidariam dos interesses da empresa, que é uma das
maiores do mundo em seu ramo de negócios. Joesley também mandava tirar do cargo
quem estivesse atrapalhando seus negócios, o mesmo acontecendo com Marcelo
Odebrecht. Para culminar, a expansão da JBS no exterior era financiada pelo
Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com juros baixíssimos
e com prazos fora do normal, com o agravante de o Governo comprar ações da
empresa, sabendo-se que o BNDES não á um banco comercial. E então, haja propina
para gente de partidos de qualquer tipo de ideologia, numa clara compra de
silêncio. Conclui-se portanto, que o melhor para o país é que Michel Temer saia
da Presidência da República e que a ministra Cármen Lúcia assuma o cargo – o presidente
da Câmara do Deputados, Rodrigo Maia, e o presidente do Senado Federal, Eunício
Oliveira, estão impedidos por serem réus na Operação Lava-Jato – convoque eleição
indireta para os cargos de Presidente e Vice-presidente da República, para que
o país seja entregue ao que for eleito em 2018 até certo ponto organizado, pois
a continuação de Temer no cargo é um passo para a desordem institucional, e o
Brasil acabe se tornando numa nova versão da Venezuela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não saia do Blog sem deixar seu comentário