De vez em quando temos a satisfação de ver
que não somos o único quando opinamos sobre alguma coisa. Há ocasiões em que
até uma ponta de orgulho quando lemos de comentaristas de renome
publicando artigos com o mesmo ponto de vista expressado aqui anteriormente.
Hoje isto está acontecendo com outras pessoas cuja opinião mostra o reflexo que
o tema está tendo no meio da sociedade. São as cartas dos leitores publicadas
em jornais de grane circulação. Isso pode ser constatado na edição de hoje de “O
Globo”. A seguir, publico algumas que se referem ao que abordamos ontem sobre o
Congresso Nacional e a sua condição moral para votar qualquer tipo de reforma
que se faça necessária nas leis do país. Aí vão elas:
“Depois das divulgações das delações premiadas
da Odebrecht, nas quais fica comprovado que diversas votações nas duas casas
foram realizadas com corrupção, qual a condição moral para que a Câmara dos
Deputados e o Senado possam, nesse momento, colocar em votação a reforma da
Previdência e a reforma Trabalhista? Independentemente da necessidade de
fazê-las, para que não paire nenhuma dúvida quanto à lisura dessas votações, é
mister que se adie as mesmas, até que essas denúncias sejam esclarecidas”. (Fernando A.
Iaccarino – Rio de Janeiro)
“Os últimos acontecimentos trazidos ao
conhecimento da sociedade confirmam que a classe política que detém o mando do
país não tem as credenciais e a idoneidade que as autorizem a decidir ou
implementar qualquer reforma, por mais urgente que possa parecer. A sociedade
precisa, em primeiro lugar, encontrar pessoas de bem e constituir um poder
legislativo realmente representativo, habilitado e fazer as reformas
necessárias e sepultar o Estado velho, doente e corroído pela má política e
pela corrupção vigentes há tantos anos”. (Decio O. Elias – Rio de Janeiro)
São duas opiniões apenas, mas que retratam o
sentimento que está no seio da sociedade, que quer ver uma reforma imediata não
a Política, mas sim a dos políticos. Talvez não dê para esperar 2018. Se o povo
sair às ruas com bastante veemência, ela pode acontecer ainda este ano.
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