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17 de abril de 2017

Corrupção sem limites mata mais na democracia que no regime militar

Um fato que chama atenção é a corrupção que vem se alastrando no Brasil em todos os governos posteriores ao regime militar. Ocorre, no entanto, que os malefícios são semelhantes aos daquele período que ninguém de bom senso quer ver de volta. Mas o que assistimos são discursos demonizando os militares, principalmente pela tortura àqueles que eram contra o regime. Comparando-se com os torturados de agora, os sofrimentos físicos, moral e psicológico eram poucos. Hoje, milhões de brasileiros, em pleno regime democrático, sofrem com os efeitos da corrupção que provocam, de modo acentuado, a falta de segurança e saúde. Milhões de brasileiros morrem por causa disso, ao serem assassinados por bandidos ou por não receberem assistência na hora em que mais precisam, por falta de leitos em hospitais e, pior ainda, por falta de medicamentos. As notícias constantes mostrando delações premiadas com nomes de ministros, governadores, senadores, deputados, presidente e ex-presidentes da República envolvidos em propinas de certo modo assustam e reforçam a ideia de que o Brasil precisa ser passado a limpo. Para isso, está mesmo na hora de uma nova campanha por eleições diretas o quanto antes, com o impedimento de candidatura daqueles que estejam sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), seja por fazerem parte das listas da Odebrecht, seja por qualquer outro tipo de delito contra o erário público. Ao presidente Michel Temer cabe aceitar a recomendação feita pelo decano dos deputados federais – ele está no seu 11º mandato –, Miro Teixeira (Rede-RJ) em entrevista publicada hoje num diário do Rio de Janeiro: que todos os ministros sejam demitidos, ou que peçam demissão, num gesto de grandeza. Se bem que isso seja querer demais por parte de um político brasileiro que não tenha a mesma estatura moral de Miro.

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