Um fato que chama atenção é a corrupção que
vem se alastrando no Brasil em todos os governos posteriores ao regime militar.
Ocorre, no entanto, que os malefícios são semelhantes aos daquele período que
ninguém de bom senso quer ver de volta. Mas o que assistimos são discursos
demonizando os militares, principalmente pela tortura àqueles que eram contra o
regime. Comparando-se com os torturados de agora, os sofrimentos físicos, moral
e psicológico eram poucos. Hoje, milhões de brasileiros, em pleno regime democrático,
sofrem com os efeitos da corrupção que provocam, de modo acentuado, a falta de
segurança e saúde. Milhões de brasileiros morrem por causa disso, ao serem
assassinados por bandidos ou por não receberem assistência na hora em que mais
precisam, por falta de leitos em hospitais e, pior ainda, por falta de
medicamentos. As notícias constantes mostrando delações premiadas com nomes de
ministros, governadores, senadores, deputados, presidente e ex-presidentes da
República envolvidos em propinas de certo modo assustam e reforçam a ideia de
que o Brasil precisa ser passado a limpo. Para isso, está mesmo na hora de uma
nova campanha por eleições diretas o quanto antes, com o impedimento de
candidatura daqueles que estejam sendo investigados pelo Supremo Tribunal
Federal (STF), seja por fazerem parte das listas da Odebrecht, seja por
qualquer outro tipo de delito contra o erário público. Ao presidente Michel
Temer cabe aceitar a recomendação feita pelo decano dos deputados federais –
ele está no seu 11º mandato –, Miro Teixeira (Rede-RJ) em entrevista publicada
hoje num diário do Rio de Janeiro: que todos os ministros sejam demitidos, ou
que peçam demissão, num gesto de grandeza. Se bem que isso seja querer demais por
parte de um político brasileiro que não tenha a mesma estatura moral de Miro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não saia do Blog sem deixar seu comentário