“Foi a maior greve
geral que nós já fizemos. O importante da paralisação foi o apoio da população”, disse Wagner
Freitas, presidente da CUT. Anteriormente, dirigentes da Força Sindical
divulgara nota afirmando que cerca de 40 milhões de trabalhadores cruzaram os
braços ontem em apoio à greve. O presidente da Nova Central Sindical de
Trabalhadores, Calixto Ramos, declarou: “O que sabemos é que foi uma paralisação total”.
Uma greve pode ser considerada como tendo obtido êxito é quando todos os
segmentos da sociedade paralisam suas atividades. A maior constatação de que a manifestação
de ontem foi uma greve das centrais sindicais está nessas declarações de seus
líderes, visto que agiram com coerção, impedindo que os não aderiram pudessem
chegar aos seus locais de trabalho. É compreensível que muitos fecharam suas
portas, exatamente porque seus funcionários não puderam chegar até lá. Falaram tanto
em respeito às leis, especialmente às trabalhistas, mas feriram um dos maiores
direitos estabelecidos na Constituição Federal, o de ir e vir. Junte-se a isso
a violência praticada pelos sindicalistas ateando fogo nas pistas e bloqueando estações
de metrô, trens, barcas, além de incendiarem ônibus, num verdadeiro atentado à
ordem pública. Notória foi também a presença de homens de grande porte físico
mascarados, como autênticos Black Blocks, certamente contratados pelas centrais
sindicais para amedrontar quem quisesse contestá-los. Aliás, é de se estranhar
que as polícias Federal, Militar, Civil e Rodoviária Federal e a Guarda Municipal
praticamente só assistiam as cenas de violência e vandalismo, depois de longa demora
a chegar aos locais de tumulto. E se a greve era anunciada havia tantos dias,
por qual motivo não se anteciparam para impedir os bloqueios? Será que eles também
estariam aderindo à grave? Não discutimos os prejuízos que a Reforma
Trabalhista trará prejuízos para o, trabalhadores, que devem, sim, protestar,
mas através e meios legais e pacíficos. No fundo, no fundo, sabemos que a
principal razão das manifestações de ontem tiveram como principal motivo
protestar contra o fim da Contribuição Sindical – contribuição é um ato voluntário,
com obrigação, é mesmo um imposto –, algo que vai contribuir para o desemprego
de milhares de pelegos sindicalistas.
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