De todas as crises que são divulgadas a cada
dia no Brasil, a maior delas – certamente também é a pior – é a moral e ética. Por
causa dos exemplos vindos das mais altas esferas dos Poderes da República, a
maioria dos cidadãos se sente no direito de achar que ser honesto é errado. O fato
que está tendo grande repercussão na mídia é o que aconteceu com o jogador
Rodrigo Caio, do São Paulo, que fez o árbitro cancelar o cartão amarelo que
havia aplicado erradamente ao seu colega rival Jô, atacante do Corinthians, que
seria o terceiro e causaria sua suspensão automática para o jogo de volta, uma
vez que os são-paulinos perderam por 2 a 0, e o desfalque do centroavante seria
benéfico para o São Paulo. Aí é que aparece a crise moral que estamos vivendo.
Consta que vários companheiros recriminaram Rodrigo Caio pelo gesto de
honestidade. Há quem diga que até o técnico Rogério Ceni, o tenha repreendido. Jogadores
de outros clubes se dividiram, com uns elogiando e afirmando que fariam a mesma
coisa, e outros, contestando, dizendo que ele se preocupou com sua imagem e esqueceu-se dos interesses do grupo, acrescentando que ficariam calados, botando
tudo na conta do árbitro, que entraria na estatística de erros grosseiros que
vêm cometendo nos últimos tempos. Hoje vemos jogadores com 15 anos fazendo simulações
e iludindo árbitros, com certeza estimulados pelos seus “professores” nas
categorias de base. A coisa anda ultimamente tão séria, que há algum tempo um
gari que achou no lixo uma carteira com uma boa quantidade de dinheiro fez de
tudo para encontrar o dono até conseguir devolver o que não lhe pertencia, e
foi recebido por uma autoridade em solenidade pública. Os maiores
incentivadores de tudo isso são os políticos que roubam dinheiro público, que
precisam ser banidos o quanto antes para deixar de dar maus exemplos à sociedade,
principalmente aos mais jovens.
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