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3 de abril de 2017

A violência no Rio de Janeiro é evidente, mas não se deve espalhar boatos

Se existe algo que está acontecendo na Internet de modo por demais negativo é a proliferação de notícias sem confirmação dos fatos ou de sua veracidade. Quem toma conhecimento delas passa adiante de acordo com o seu ponto de vista. Em pouco surgem acaloradas discussões a favor ou contrárias. É o que está ocorrendo com a tragédia na menina Maria Eduarda que morreu baleada com vários tiros enquanto participava de uma aula de Educação Física na quadra da escola onde aluna e atleta. Hoje espalharam a notícia afirmando que os tiros que mataram Maria Eduardo, de acordo com uma perícia sobre os projéteis, constatava que eram de armas de grande poder letal que não fazem parte dos armamentos da Polícia. Sendo assim, os tiros mortais foram dados por marginais, que costumeiramente se utilizam de armas muito mais poderosas que as utilizadas pelos policiais. Tudo tem lógica, mas nenhuma palavra oficial houve para autorizar que alguém divulgue o fato como definitivo. Para ilustrar a falta de responsabilidade de alguns, postaram uma foto com uma menina portando, risonha, uma metralhadora, dando a entender que ela seria ligada aos bandidos. Seria até namorada de um deles. Maria Eduarda não tem o perfil das jovens que moram em comunidades como a dela que sejam coniventes com o tráfico. Elas não frequentam escola, e quando se matriculam quase não vão às aulas;

A situação fica mais grave quando uma autoridade pública vem a público dar opinião sobre um assunto que só lhe diz respeito em parte. É o caso do secretário de Educação do Rio de Janeiro, César Benjamin, declarar na Internet não ter dúvidas tiros que mataram Maria Eduarda foram os disparados pelos policiais. Ele foi enfático quando criticou a Polícia: “Não é possível exagerar a boçalidade da ação policial. Isso mostra o total despreparo deles. É inaceitável”. Ele acrescentou que os PMs não estavam sob ataques de bandidos. O secretário de Educação é especializado em análises sobre eventos policiais? Suas afirmativas são como uma acusação de que os policiais executaram a menina. Se chamado à Justiça ele teria como provar o que diz? O clima de insegurança está tão evidente, que o melhor é não se jogar gasolina no fogo. O povo já anda assustado e estressado como tanta flata de segurança e com os fatos que estão virando rotina. É melhor que as autoridades ao invés de complicar tomem enérgicas providências para dar um fim, repetimos, a essa verdadeira guerra civil que estamos vivenciando

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