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14 de abril de 2017

Deputado Onyx Lorenzoni muda da posição de defensor da Lava-Jato para a de investigado

As delações premiadas estão revelando diariamente algumas surpresas e, ao mesmo tempo, trazendo revelações inesperadas. Como exemplo, um dos maiores apoiadores da Operação Lava-Jato no Congresso Nacional, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) será agora investigado por ela. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura do inquérito de número 4.400, contra o deputado gaúcho. Interrogado, o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar, colaborador da Lava-Jato, disse ter se aproximado de Onyx em reunião em Porto Alegre. Ele teria dito ao parlamentar: "Estamos percebendo o seu desempenho, a sua conduta, e nós gostaríamos determos aí como um parceiro futuro nas suas atividades como deputado federal", diz trecho da delação de Alexandrino. Conforme o dirigente da empreiteira foi firmado um acordo pelo qual, a pretexto de auxílio para a campanha eleitoral a deputado no ano de 2006, Onyx recebeu R$ 175 mil. A operação está registrada no sistema "Drousys" – trata-se do setor de informática secreto da Odebrecht – e não foi informada à Justiça Eleitoral, segundo Alexandrino. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o enquadramento do deputado em crime eleitoral de “Caixa 2”. O deputado afirmou que nunca esteve com ninguém da Odebrecht e que desconhece as pessoas que o acusam. "Tenho absoluta tranquilidade dos meus procedimentos e vou em busca dos esclarecimentos. Se necessário, vou abrir mão do meu foro privilegiado. Devo isso aos meus eleitores, que confiaram em mim", disse o parlamentar gaúcho. Onyx ainda afirmou que, no caso do surgimento de provas, ele deixaria o cargo. Quanto a uma possível renúncia ao mandato eletivo, quem quiser que acredite.

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