Destruição de provas é obstruir a Justiça, e
é considerada como crime. Em depoimento feito ontem ao juiz Sérgio Moro, o
empreiteiro Léo Pinheiro, sócio da OAS confessou ter destruído provas
referentes ao processo sobre a propriedade do tríplex da praia de Guarujá, cuja
propriedade é atribuída ao ex-presidente Lula, que sempre nega, mas que cada
vez mais fica evidente que o luxuoso apartamento pertence mesmo ao líder petista.
O depoimento de Léo Pinheiro foi feito em delação premiada, quando o delator
busca colaborar com a Justiça e é premiado com a redução de sua pena, mas pela
lógica deveria acontecer o contrário, com o empreiteiro deveria ser preso por
causa do crime cometido. Porém, há um complicador nisso tudo. Léo Pinheiro
afirmou diante do magistrado que destruiu as provas a mando de Lula. Então, o
ex-presidente, como mandante do crime, também deveria ir para trás das grades,
independentemente de outras condenações que possam vir a acontecer por causa de
outros processos a que ele responde. O agravante disso tudo é que os recentes
depoentes – também executivos da Odebrecht dizem o mesmo – estão afirmando que
a determinação de Lula ocorreu logo que teve início a Operação Lava-Jato e que
uma matéria de “O Globo”, em 2010, falava do tríplex. O depoimento de Léo
Pinheiro também confirma que sua empresa, além de ter pagado obras no tríplex também
fez o mesmo no sítio de Atibaia, confirmando serem os dois imóveis de
propriedade de Lula, para quem a situação ficou mais grave. A afirmação do ex-presidente
da OAS a Sérgio Moro deixa muito mal que um dia se intitulou como “a alma mais
honesta do país”: “Tudo foi pago com dinheiro de propina da Petrobras”. Com relação
ao sítio de Atibaia há coisa muito mais grave, porque o advogado e amigo de
Lula Roberto Teixeira se utilizou de dois funcionários da Odebrecht para forjar
um documento sobre o valor e a propriedade do imóvel. Salvo engano, isso é
crime de falsidade ideológica. Vamos aguardar para sabermos se Sérgio Moro vai
agir de imediato, ou vai esperar o depoimento de Lula no dia 3 de maio.
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