A Polícia Federal (PF) vai apurar em um inquérito a discussão entre o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, e o advogado Cristiano Caiado de Acioli ocorrida em um voo que ia de São Paulo para Brasília. Após ouvir do advogado que o Supremo é uma "vergonha", o ministro questionou se ele queria ser preso e pediu aos comissários da aeronave que chamassem agentes da PF. A conversa foi gravada e divulgada nas redes sociais. Acioli foi conduzido à Superintendência Regional da PF do Distrito Federal, onde prestou depoimento, e foi liberado em seguida. O depoimento começou por volta das 15 horas e durou cerca de uma hora e meia. Antes de esclarecer os fatos à autoridade policial, Acioli ficou retido uma hora aproximadamente na aeronave, acompanhado de perto por um agente da PF. Em conversa telefônica com a reportagem ainda dentro do avião, o advogado, que é filho da subprocuradora-geral da República aposentada Helenita Amélia Gonçalves Caiado de Acioli, perguntou ao agente que o acompanhava o motivo de estar sendo mantido dentro dele. "Ele disse que eu não posso saber por que estou sendo retido", disse. O advogado Fernando Assis Bontempo, vice-presidente da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF), acompanhou Acioli em seu depoimento. De acordo com ele, o advogado voltou a alegar que não teve a intenção de ofender o ministro ou o STF, mas de expressar sua opinião pessoal.
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