A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou em Curitiba que o ex-presidente Lula não sairá da prisão por uma medida jurídica, mas que o caso dependerá de uma saída política. Um dia após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, derrubar a liminar que permitia a soltura do petista, a dirigente afirmou que o STF não poderá ficar à reboque do governo do futuro presidente, Jair Bolsonaro. "A saída do caso dele não é uma saída jurídica. Tentou-se de tudo que pode no mundo jurídico. É uma saída política, e está ficando cada vez mais claro que a prisão é política", disse a presidente do partido durante entrevista coletiva, quando questionada se acreditava que a situação jurídica de Lula só mudará com um cenário político diferente. Além disso, Geleisi relatou que o ex-presidente não acreditava que pudesse ser solto ontem, acrescentando que o partido vai fazer uma "luta política" para buscar a liberdade de Lula, condenado na Lava Jato e preso desde 7 de abril na capital paranaense. O PT atribuiu a decisão de Toffoli a uma suposta pressão que teria como principal agente o governo de Jair Bolsonaro. "Se o Supremo ficar, em relação ao governo, ao Executivo, a reboque, suscetível a pressão, vai ser muito ruim para o País e para a nossa democracia", declarou. As críticas do partido também foram direcionadas à juíza Carolina Lebbos, da Vara de Execução Penal de Curitiba, por deixar de determinar a soltura do ex-presidente após liminar do ministro Marco Aurélio Mello. A presidente do PT disse ainda que a decisão tomada pelo Supremo nesta quarta-feira, 19, coloca o Brasil em uma situação de "vexame" internacional e que Lula, mesmo preso, será a "centralidade" da oposição do PT ao governo Bolsonaro.
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