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14 de dezembro de 2018

Lula se torna réu em mais um processo

O ex-presidente Lula continua colecionando processos. Desta vez a Justiça Federal aceitou a denúncia do Ministério Público e o ex-presidente Lula se tornou réu em um processo pelo crime de lavagem de dinheiro por ter recebido R$ 1 milhão para intermediar discussões entre o governo de Guiné Equatorial e o grupo brasileiro ARG para a instalação da empresa no país. A denúncia, apresentada em novembro pela Força Tarefa da Operação Lava-Jato em São Paulo, foi recebida pela Justiça Federal nesta sexta-feira. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, Lula recebeu a quantia dissimulada em forma de uma doação da empresa ao Instituto Lula, entre setembro de 2011 e junho de 2012. Quando o MPF fez a denúncia, o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, afirmou em nota: "A nova denúncia é mais um duro golpe no Estado de Direito porque subverte a lei e os fatos para fabricar uma acusação e dar continuidade a uma perseguição política sem precedentes pela via judicial”. Na ocasião, a assessoria de imprensa do Instituto Lula afirmou que todas as doações recebidas por ela são legais, declaradas, registradas, pagaram os impostos devidos. Ainda de acordo com o comunicado, as doações foram usadas nas atividades fim do Instituto e nunca tiveram nenhum tipo de contrapartida. Além de Lula, o MPF denunciou ainda o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, pelos crimes de tráfico de influência em transação comercial internacional e lavagem de dinheiro. Como Lula tem mais de 70 anos, o crime de tráfico de influência prescreveu em relação a ele. As negociações começaram entre setembro e outubro de 2011. Segundo o MPF, Geo pediu a Lula para que interviesse junto ao presidente da Guiné Equatorial, Obiang Nguema Mbasogo, para que o governo continuasse realizando transações comerciais com a ARG, especialmente na construção de rodovias. O MPF diz que conseguiu provar a transação com base em e-mails encontrados em computadores no Instituto Lula, apreendidos em março de 2016 na Operação Aletheia, 24ª fase da Operação Lava-Jato de Curitiba.

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