A vereadora Marielle Franco (PSOL) foi morta porque milicianos acreditaram que ela podia atrapalhar os negócios ligados à grilagem de terras na zona oeste do Rio. A afirmação é do general Richard Nunes, secretário da Segurança Pública do Rio, acrescentando que o crime estava sendo planejado desde 2017, muito antes de o Governo Federal decidir decretar a intervenção federal no Rio. "O que entendo hoje é que os criminosos superestimaram o papel que a vereadora poderia desempenhar. Era um crime que já estava sendo planejado desde o final de 2017, antes da intervenção. Isso aí nós temos já; está claro na investigação. Os criminosos se deram conta da dimensão que tomou o crime por ter sido cometido na intervenção. Ela estava lidando em determinada área do Rio controlada por milicianos, onde interesses econômicos de toda ordem são colocados em jogo. No momento em que determinada liderança política, membro do Legislativo, começa a questionar as relações que se estabelecem naquela comunidade, afeta os interesses daqueles grupos criminosos. É nesse ponto que a gente precisa chegar, provar essa tese, que está muito sólida. O que leva ao assassinato da vereadora e do motorista é essa percepção de que ela colocaria em risco naquelas áreas os interesses desses grupos criminosos. A milícia atua muito em cima da posse de terra e assim faz a exploração de todos os recursos. E há no Rio, na área oeste, na Baixada de Jacarepaguá problemas graves de loteamento, de ocupação de terras. Essas áreas são complicadas", disse. Segundo o general, Marielle atuava na conscientização das pessoas sobre a posse da terra e Isso causou instabilidade.
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