O ex-diretor
do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi condenado, em 2012, a 12 anos e sete
meses de prisão por crime de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele fugiu para a
Itália, e só retornou ao Brasil, em 2015, para cumprir a pena e pagar a multa.
Quando fugiu do país, Pizzolato provou que nunca passou por sua cabeça quitar
suas pendências com a Justiça. Agora, com base numa legislação que teima em
existir, apesar dos seus absurdos, o criminoso recebeu o direito à liberdade
condicional, após cumprir um ano e sete meses de cadeia, ou seja, 12% da pena
em regime fechado na penitenciária da Papuda, sob a justificativa de ter
"bom comportamento". A remissão do tempo de pena aconteceu porque
Pizzolato trabalhava e estudava na cadeia. Fica bem claro que o pessoal do
colarinho branco o crime compensa. O generoso indulto do presidente Michel
Temer não foi necessário em nada para dar o direito a passar o Natal com a família
degustando uma suculenta ceia bancada com dinheiro roubado do Banco do Brasil.
Devolver o dinheiro roubado, nem pensar.
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