O general Rômulo Bini é mais uma voz do meio militar a se
manifestar sobre a atual conjunta e cenário político do país, em relação a
2018. Tais palavras foram ditas por um dos mais respeitados generais do
Exército Brasileiro. Trata-se de um ex-chefe de Estado-Maior do Ministério da
Defesa, que se encontra agora na reserva. O militar se manifestou recentemente
a respeito da atual conjuntura política nacional, com vistas à próxima disputa
eleitoral no pleito de 2018 e também sobre o cenário “conturbado” de crise
enfrentada pelo país. Sobre as eleições do ano que vem, o general Bini também
reclamou da demora da Justiça em definir a situação do ex-presidente Lula. Ele
afirmou que o Brasil precisa encontrar soluções para os enormes impasses que
vivemos, para que nenhuma ilegalidade esteja acima do interesse do povo
brasileiro. “As forças
vivas da Nação, movidas pelos homens de bem, incluindo as Forças Armadas, não
podem permitir que condutas irresponsáveis e antipatrióticas se tornem
costumeiras em nossa vida pública, por atingirem frontalmente os princípios
éticos e morais que conduzem um regime democrático e que resultarão num
arremedo de democracia”, declarou;
Outro exemplo foi o incompreensível pedido de vista de um
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) após sete votos favoráveis a pôr fim
à imunidade parlamentar, um enorme anseio da sociedade. Para o militar, o
pedido não visa um conhecimento maior da causa, mas sim um prazo ampliado que
possibilite o Congresso Nacional concluir a votação de emenda constitucional do
mesmo tema. “Se
considerarmos que duas centenas de congressistas são processados no STF, a
queda da imunidade provavelmente não passará – e nem todos os brasileiros serão
iguais perante a lei. Será uma contraposição entre o Judiciário e o
Legislativo, advindo certamente outra crise entre eles. Tais exemplos
demonstram que no mais alto nível da República o sistema de pesos e contrapesos
não funciona como deveria e prima pelo desequilíbrio, sendo, por isso mesmo,
comprometido e não confiável, justamente por predominarem os conchavos, os
interesses individuais e de grupos, a troca de vantagens e de benesses à sombra
de um Congresso subornável e de uma Justiça ‘partidária’. As medidas
cautelares, o pedido de vista do ministro e a atitude comprometida, tríade
degradante para muitos brasileiros, reforçam o descrédito dos nossos três
Poderes perante a sociedade”, concluiu o general Bini.
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