Em qualquer clube há bons e maus torcedores. Os
bons amam o time, respeitam sua camisa, os adversários, a lei e a ordem, e quando
o clube joga torcem com entusiasmo, gritam e às vezes até se desesperam quando
um dos jogadores erra, mas após a partida festejam a vitória ou choram a
derrota. Já os maus não honram a camisa, acham que demonstrar amor ao time
significa impor a violência, a agressão e a depredação de patrimônio público e
privado. Na verdade, são marginais covardes e agressivos. Em outros países também
existem maus torcedores, mas a diferença é que no exterior tanto clubes como
torcidas são rigorosamente punidos. O pior resultado dos episódios de
quarta-feira é a repercussão na imprensa lá de fora. Nosso país está sendo
visto como uma nação de quinto mundo, com nossa educação sendo cotada em nível
zero. Já em tudo que é errado ficamos em primeiro lugar, enquanto em bons
costumes estamos sendo medalhas de ouro. A selvageria praticada por um grupo de
“torcedores” do Flamengo antes e depois do jogo de quarta-feira contra o
Independiente joga por terra a tão famosa fama do povo Carioca de ser descontraído
e bem-humorado. Se não houver uma rigorosa repressão a situação pode piorar. Na
realidade, o Independiente jogou para ganhar no Maracanã, enquanto o Flamengo,
com marginais vestindo a camisa do clube de maior torcida do Brasil, serviu
para macular o nome de um dos clubes de maior prestigio no mundo. Cabe às
autoridades competentes – será que são mesmo? – providenciar a melhoria de
politicas públicas no setor de Segurança. E não é reduzindo dotações orçamentárias,
como está ocorrendo, que este quadro melhorará. Parodiando o deputado Tiririca,
dizemos: “Do jeito que está tudo pode piorar”.
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