Um estudo recente da
Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas
(FGV-DAPP) constatou que 65% dos brasileiros acham que é mais importante do que
protestar nas ruas é votar nas eleições. Ao contrário do que possa parecer, não
estamos vivenciando um marasmo do povo, mas a razão de não se sair às ruas é a
grande mobilização que se observa nas redes sociais das Internet, como Facebook,
WhatsApp e Instagram, com violentos protestos contra a atuação dos políticos dos
poderes Legislativo e Executivo, cuidando de seus próprios interesses, em
especial com a aprovação de leis que os protejam de punição pelas falcatruas
praticadas, e até do Judiciário por causa da demora em punir os responsáveis
pelos malfeitos. Alguma esperança de renovação do quadro político do Brasil
ficou comprovada no estudo da FGV, segundo o qual 55% dos entrevistados afirmam
que não reelegerão os mesmos candidatos nos quais votaram nas últimas eleições.
O resultado de tudo isso está provocando o vertiginoso crescimento da
candidatura de Jair Bolsonaro, com adesões de tucanos decepcionados com seus
líderes, em especial Aécio Neves a quem deram mais de 51 milhões de votos em 2014
para presidente da República. Petistas também aderem a Bolsonaro ao verem de líder
maio, o ex-presidente Lula, sendo condenado por corrupção, além de políticos do
PMDB, partido que não elege presidente mas sempre vem nas últimas décadas governando
o país desde Fernando Henrique até Michel Temer. Aproveitando este momento,
Jair Bolsonaro diz com ele o Brasil conviverá com “a lei e a ordem”, e ainda
batendo no peito e desafiando que alguém aponte seu nome entre as centenas de
políticos acusados e/ou investigados por desvio de dinheiro público. É bom nos
prepararmos para aquilo que as urnas poderão revelar no ano que vem.
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