O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar
Mendes não para de se protagonista de fatos nada condizentes para um integrante
da mais alta Corte do país. Durante as discussões sobre a denúncia da
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG)
foi constatado que o magistrado teve contado com o senador tucano através de 46
contatos via WhatsApp. Não haveria nada demais nisso se Gilmar Mendes não tivesse em suas mãos nada
menos que quatro processos contra o parlamentar mineiro. E a ética, como é que
fica, ministro? E ele ainda protestou contra a revelação de seus contatos,
dizendo ter havido um exagero, porque não foram 46, mas “apenas” 22. Quer
dizer, então, que um réu pode bater dezenas de papos com um juiz que está às vésperas
de prolatar sentenças sobre crimes que ele teria cometido. Nos últimos dias,
Gilmar Mendes tem se notabilizado por assumir a função de “Soltador-geral da
República”, como foram os casos da revogação de duas prisões do empresário
Jacob Barata com quem tem ligações familiares, e também a absolvição da chapa
Dilma-Temer, mesmo com inúmeras provas de prática de crime eleitoral pela
dupla. O número de ligações é maior do que muita gente recebe com o humorista e
cantor Moacir Franco
oferecendo e falando maravilhas sobre o Omega-3. Quanto ao mais, surge uma
agradável surpresa. A nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, da
qual muita gente desconfiava que poderia ser uma espécie de aliada aos
envolvidos da Operação Lava-Jato, está se mostrando como muito mais “Caxias”
que seu antecessor, Rodrigo Janot, com sua coleção de “flechas”, algo que está
provocando muita insônia em gente do PT, PSDB, PMDB, PP e mais um vasto leque
de integrantes da verdadeira Organização Criminosa (Orcrim) que toma conta do país.
Apesar de Gilmar Mendes, está em nossas mãos caprichar nas escolhas dos nomes
que estarão nas urnas em 2018, procurando afastar da vida pública e fazendo
recolherem-se à privada (em todos os sentidos) aqueles que somente pensam em
seus interesses, pouco cuidando do povo que os elege.
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