O povo anda tão indignado
com os políticos do Legislativo e do Executivo, e também por causa da demora da
Justiça para julgá-los e puni-los, que está chegando ao absurdo de aumentar o
coro daqueles que querem a intervenção das Forças Armadas com um general
assumindo o comando do país. Muita gente acredita na possibilidade de que haja
uma autêntica Intervenção Militar em todos os poderes da República com base na
Constituição Federal, com prazo determinado, e que após o povo seja convocado
para eleger os novos parlamentares, presidente da República e que seja
recomposto o Supremo Tribunal Federal (STF) através de novos critérios de
escolha de seus componentes. Ninguém mais tolera ver Lula, Dilma Rousseff,
Michel Temer, Aécio Naves e outros investigados e réus da Operação Lava-Jato negando
tudo através de seus advogados de defesa, porém, sem nada explicar. Repetem a
toda hora que o ônus da prova cabe a quem acusa, no caso o Ministério Público
Federal (MPF), que pode muito bem alegar que “quem cala consente”;
Então, aparece no
noticiário o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur
Nuzman, sendo preso por causa de compra de voto de membros do Comitê Olímpico
Internacional (COI) na escolha do Brasil como sede dos Jogos Olímpicos Rio-2016,
tendo em seu poder dezenas de barras de ouro que dariam para cunhar medalhas
das próximas três Olimpíadas. Pior que a violência que não sai da favela da
Rocinha são as mortes que nossos políticos provocam com os desvios de dinheiro
público que seriam destinados principalmente aos setores de Saúde e Segurança. Quando
parece a lista de falcatruas não teria como aumentar, a Polícia Federal (PF)
prende 17 empresários suspeitos de provocarem um rombo de R$ 20 milhões em
superfaturamento de merenda escolar em escolas da Baixada Fluminense, quando
sabemos que a merenda é o único alimento de muitas crianças. Então, a revolta é
geral e faz com que o povo acabe ignorando tudo o que a História conta sobre o
tempo dos chamados “anos de chumbo”. Muitos não parecem ter paciência para
esperar as eleições de 2018 para tirar os corruptos da vida pública e recolhê-los
à privada, seja em que sentido for.
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