Dizem que
o lugar que tem mais pessoas injustiçadas é a cadeia com presos se declarando
inocentes, mesmo que condenados por 7 a 0 um, júri depois de demorado
julgamento. No meio político brasileiro acontece o mesmo. Por exemplo, o
presidente Michel Temer, apesar de ter sido gravado numa conversa nada
republicana com o empresário Joesley Batista, na calada da noite nos porões do
Palácio Jaburu, alega inocência e ainda chama o acusador de mentiroso. O
senador Aécio Neves (PMDB-MG) vai na mesma linha quando declara que R$ 2
milhões que um vídeo mostra sem entregue por uma pessoas ligada a um empresário
em sua residência e que seria pagamento de propina, de acordo com um delator,
justifica dizendo ser um empréstimo para aquisição de imóvel, como se ele não
tivesse crédito em qualquer banco para o investimento. Já outro “inocente” é o
ex-deputado Rocha Loures, gravado correndo com uma mala contendo R$ 500 mil,
dizendo até hoje não saber para quem era o dinheiro nem onde a mala está. Outro
que alega inocência na maior cada de pau é o ex-deputado Eduardo Cunha ao dizer
que seu operador de longo tempo, Lúcio Funaro, que o ajudou a desviar milhões
de reais, mentiu em sua delação. Para culminar, o ex-presidente Lula, o “homem
mais honesto do país”, mesmo condenado em vários processos por corrupção,
afirma que nunca recebeu propina, apesar do elevado crescimento do patrimônio
de sua família. Fora do ambiente político, aparece o presidente do Comitê
Olímpico Brasileiro (CPB), Carlos Arthur Nuzmann, preso por contra de votos no
Comitê Olímpico Internacional (COI) para garantir a escolha do Rio de Janeiro
como sede da Olimpíada de 2016, e teve 16 barras de ouro encontradas num cofre
na Suíça, que tentou, depois da descoberta pela Polícia Federal (PF), incluir
na sua declaração do Imposto de Renda (IRPF) fora do prazo, declara que nunca
participou de nada irregular. Depois de todos estes fatos, como a Justiça tem o
dever de punir quem pratica malfeitos, parece que todos nós devemos ficar em
alerta, porque há o risco de sermos presos e ainda obrigados a ressarcir os
cofres públicos.
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