-

15 de janeiro de 2018

Todos são mesmo iguais perante a lei?

É motivo de estranheza que antes do julgamento do ex-presidente Lula, no dia 24 deste mês, magistrados de tribunais superiores declarem que mesmo tendo sua pena de 9 anos e 6 meses confirmada pelo Tribunal Superior de Justiça da 4ª Região (TRF4) o líder petista não será preso imediatamente. Quando um juiz condena uma pessoa em caráter definitivo depois de concluído o processo, ele é logo em seguida levado para o xadrez, e quase sempre algemado. No caso específico de Lula há uma legislação determinando que a sentença do juiz singular deva ser definida em segunda instância por um colegiado de magistrados, o que acontecerá no próximo dia 24. Por que, então, Lula voltaria para casa e aguardaria o tal “transitado em julgado” instalado em sua residência, talvez num apartamento de algum amigo (ele nunca tem moradia própria). Todo mundo sabe que dos 11 ministros que compõem o STF oito foram nomeados durante os governos dos petistas Lula e Dilma Rousseff, mas não dá para acreditar que os oito sejam capazes de passar por cima da lei para impedir que seu “patrocinador” não passe pelo constrangimento de ficar atrás das grades. E por qual motivo Lula seria privilegiado? Outros políticos foram ou ainda estão presos aguardando encarcerados a decisão sobre os recursos que apresentaram na tentativa de reverter suas penas. Só algum ministro do Supremo se despir da toga e vestir a camisa do PT ou da CUT dando entrevista e declarando que o juiz Sérgio Moro fez um pré-julgamento de Lula, atuando não como um juiz imparcial, mas sim como se fora membro de algum partido político contrário à ideologia petista – se é que o PT tem alguma – visando tão somente afastar o candidato petista à Presidência da República, apesar das robustas provas de que não resta nenhuma dúvida sobre a propriedade do famoso apartamento tríplex na praia de Guarujá. Estas declarações estapafúrdias é que dão força para que outro condenado (José Dirceu) fique incitando militantes para tumultuar o julgamento do dia 24, incluindo ameaças de baderna e tentativa de invasão do STF-4. Isto também dá forças para aqueles que apregoam uma Intervenção Militar para botar a casa em ordem. A grande maioria dos cidadãos de bem quer que tudo ocorra dentro da ordem e da lei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não saia do Blog sem deixar seu comentário