O Ministério
Público Federal (MPF) divulgou nota hoje negando que o procurador regional da
República Maurício Gotardo Gerum tenha formalizado qualquer pedido de prisão
cautelar do ex-presidente Lula. Nos últimos dias, diante da informação que Lula
viajará à Etiópia, na África, dois dias após o julgamento do recurso contra sua
condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), no próximo dia 24,
o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) especulou, na imprensa, que o ex-presidente
pedirá asilo político naquele país. Ainda segundo o MPF, o procurador regional não formalizou, e não vê razões para
formalizar, qualquer pedido em relação à prisão cautelar do ex-presidente. Gerum
esclarece ainda que, em caso de condenação dos réus da referida ação penal,
qualquer medida relativa ao cumprimento de pena seguirá o normal andamento da
execução penal, não havendo razões para precipitá-la, completa a nota do MPF. No
dia 26, Lula embarcará para Adis Abeba, capital da Etiópia, para participar de
um evento sobre combate à fome, organizado pela Organização das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação (FAO), entidade que tem sede em Roma e é
chefiada pelo brasileiro José Graziano. O
convite para o evento foi feito em outubro, e ele decidiu manter o compromisso.
Se for condenado, Lula, líder nas pesquisas, pode ficar inelegível para as
eleições de 2018 e corre até mesmo o risco de ser preso. Lula só ficaria
impedido de viajar se os desembargadores do TRF-4 decidissem impor alguma
restrição, e se a Justiça considerar que há risco de fuga.
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