Integrantes do Movimento dos
Advogados Trabalhistas Independentes entraram ontem com ações populares na
Justiça Federal no Rio de Janeiro contra a nomeação da deputada federal
Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o cargo de ministra do Trabalho e que cometeu crimes
trabalhistas contra dois motoristas que lhe prestaram serviços sem assinar
Carteiras do Trabalho, obrigando-os a trabalhar cerca de 15 horas diárias, além
de não pagar horas extras e o 13º salário. A entidade argumenta que a nova
ministra é a pessoa menos indicada para o cargo, e adotou a tática de entrar
com ações em várias comarcas, porque se uma indeferir pode ser que outra aceite
o pedido de liminar para suspender a posse marcada para amanhã. O advogado
Carlos Alberto Patrício de Souza, que defende um dos motoristas que processaram
Cristiane Brasil por dívidas trabalhistas afirmou: “Se ela infringe as leis
trabalhistas, não pode ser ministra do Trabalho”. Carlos Alberto Souza
acrescenta que o movimento estuda entrar com ações em outros estados. “Se
perdermos num estado, vamos entrar com ações no Brasil inteiro”, disse mais. Na
semana passada, o Sindicato dos Advogados do Rio de Janeiro já havia se
manifestado contra a nomeação da deputada petebista. Como se recorda, a
ministra é filha do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB,
e que esteve preso ao ser condenado no processo do ”Mensalão do PT”. O Palácio
do Planalto afirma que Cristiane Brasil não será exonerada, porque além de
capaz para exercer o cargo sua nomeação faz parte de um acordo para a bancada
trabalhista votar a favor da Reforma da Previdência. Vamos, pois, aguardar a
decisão definitiva da Justiça para sabermos se as lágrimas de emoção derramadas
por Roberto Jefferson pelo que chamou de “reabilitação do nome da família”
valeram ou se ele chorará pela “desreabilitação” da família. Quem viver, verá.
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