Houve um grande exagero na contestação do senador Renan Calheiros,
quando declarou que nem na ditadura haveria uma ação da Polícia Federal (PF)
- legítima, por sinal - ao promover a condução coercitiva de
integrantes da Polícia Legislativa e de busca e apreensão de documentos e
equipamentos que depois de analisados poderão complicar a vida do presidente do
Senado Federal e de outros parlamentares daquela Casa Legislativa. O senador
alagoano parece que esqueceu como as coisas aconteciam no tempo dos governos
militares quando algum parlamentar contestava até de modo mais brando os atos
dos generais. Seus mandatos eram cassados e ficavam inelegíveis por dez anos,
alguns desapareciam, com o deputado Rubens Paiva, que até hoje não teve seu
corpo encontrado, e outros mofavam nas nada confortáveis celas onde eram trancafiados;
Alguém
precisa dizer a Renan Calheiros no tempo da ditadura militar o atual Congresso
Nacional cheio de corruptos já estaria fechado ou, se ainda estivesse em
funcionamento estaria povoado de suplentes no exercício do mandato. É melhor
que ele baixe o volume de seus protestos e nem pense em tentar aprovar o
projeto que trata do que chamam de abuso de autoridade, cujo objetivo principal
é proteger os colegas que na Câmara dos Deputados e no Senado estão enrolados
na Operação Lava-Jato, que, se aprovado, aumentará o repúdio do eleitorado
contra a qualidade dos políticos atuais. Em 2018, podem ter certeza e que o
percentual de votos nulos, em branco e abstenções será maior que os 41% já
observado nas eleições municipais do dia 2 deste mês. E não está descartada a
hipótese de o povo sair às ruas e até se postar em frente ao Congresso para
protestar contra a aprovação daquele famigerado projeto.
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