Decisão do STF sobre prisão na 2ª Instância é vitória da Lava-Jato
- O Supremo Tribunal Federal
(STF) decidiu ontem manter a possibilidade de execução de penas –
como a prisão – após a condenação pela Justiça de segundo grau e,
portanto, antes do esgotamento de todos os recursos. Por 6 votos a 5, a
Corte confirmou o entendimento que deverá ter efeito vinculante para os
juízes de todo o País. Votaram a favor da execução antecipada da pena
os ministros Luiz Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Luiz
Fux e Gilmar Mendes. Com a votação empatada, coube à presidente do
STF, ministra Cármen Lúcia, decidir Os ministros reafirmaram que a prisão
depois do julgamento na segunda instância é importante para combater a
morosidade da Justiça, a sensação de impunidade e de impedir que uma
grande de recursos seja utilizada para protelar o início do cumprimento da
pena. O voto do relator, ministro Marco Aurélio, contrário às prisões
antes do trânsito em julgado, foi acompanhado pelos ministros Ricardo
Lewandowski, Dias Toffoli, Rosa Weber e pelo decano da Corte, Celso de
Mello;
- O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação
Lava Jato, disse hoje que a decisão de ontem do STF, mantendo o
entendimento da Corte sobre a possibilidade da decretação de prisão de
condenados após julgamento em segunda instância, divulgou em nota a
seguinte declaração: "Com o julgamento de ontem, o
Supremo, com respeito à minoria vencida, decidiu que não somos uma
sociedade de castas e que, mesmo crimes cometidos por poderosos,
encontrarão uma resposta na justiça criminal. Somos uma democracia,
afinal".
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