A prisão de Eduardo Cunha tira o sono de muita gente em Brasília
- A noite de ontem deve ter
sido de intensa insônia para muita gente em Brasília. A prisão preventiva
do ex-deputado Eduardo Cunha fez com que muita gente se lembrasse de uma
declaração dele numa reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
da Câmara dos Deputados quando se votava parecer indicando a cassação de
seu mandato, o que aconteceu no plenário: "Hoje, sou eu. É
o efeito Orloff. Amanhã, vocês". Como resultado dessa amarga
lembrança, mais de 100 deputados de vários partidos com certeza esgotaram
os estoques de soníferos das farmácias, e é certo que para muitos os
remédios de nada serviram, pois sabem o tamanho dos malfeitos que
praticaram. A emblemática declaração de Eduardo Cunha deu a entender que
ele pode girar uma autêntica metralhadora, pois sempre esteve no centro
das nada republicanas negociações que envolviam desvios de dinheiro
público proveniente de propinas vindas da Petrobras;
- No Palácio do Planalto já
havia alguma apreensão ante a possibilidade da prisão do ex-deputado, mas
agora o clima é de total preocupação, tanto para o presidente Michel
Temer, como para ministros e para o PMDB, e também para figurões so PSDB,
PP, PT e de outros partidos que de alguma forma estejam direta ou
indiretamente participando do Governo. Pode até ser coincidência, mas
Michel Temer antecipou em doze horas seu regresso do Japão, o que ocorreu
logo após o juiz Sérgio Moro decretar a prisão de Eduardo Cunha. E a perda
de sono não ficou restrita a Brasília. Em outros estados, como no Rio de
Janeiro, com o ex-governador Sérgio Cabral e o deputado estadual Jorge
Picciani, pai do ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, e em Minas
Gerais, onde o ex-presidente da Câmara dos Deputados sempre exerceu sua
nefasta influência. Portanto, vamos aguardar os próximos capítulo desta
nova novela que começa com expectativa de um desconhecido final que está
deixando ou "atores" sem saber o que vai acontecer.
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