A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen
Lúcia, marcou para o próximo dia 3 o julgamento de uma ação que pode ameaçar o
cargo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os dois entraram em
rota de colisão após as declarações de Renan contra uma operação de busca e
apreensão na sede da Polícia Legislativa no Congresso Nacional na sexta-feira
passada. Quinta-feira que vem, o plenário do STF analisará uma arguição de
descumprimento de preceito fundamental (ADPF) apresentada pelo partido Rede
Sustentabilidade, argumentando que o presidente da República não pode, no
exercício das suas funções, responder a ações penais por crimes comuns. A ação
foi ajuizada pelo partido em maio deste ano, quando o então presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estava na linha sucessória da
Presidência da República e já era réu em ação penal perante o STF. Aí está mais
uma razão para o senador alagoano estar procurando todos os meios que julga
possíveis para questionar a ação da Polícia Federal (PF) contra integrantes da
Polícia Legislativa, que poderá proporcionar mais dores de cabeça a Renan;
Naquela
ocasião, o STF decidiu por unanimidade suspender o mandato e afastar Cunha da
presidência da Câmara. Naquele momento, o ministro Teori Zavascki afirmou que
Cunha não se qualificava para assumir eventualmente a Presidência da República,
por ser réu de ação penal. Renan Calheiros é alvo de pelo menos 11 inquéritos
que tramitam no STF. No dia 4 deste mês, o ministro do STF Edson Fachin liberou
para julgamento uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República
(PGR) contra o presidente do Senado. Caso o plenário do STF aceite a denúncia
da PGR, Renan Calheiros se tornará réu e responderá a uma ação penal por
peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. Na ação proposta pelo
Rede Sustentabilidade, o STF definirá se é viável que parlamentar que responde
a processo criminal perante a Corte ocupe cargo que, por estar previsto na
Constituição, lhe confere a atribuição de ser substituto eventual do presidente
da República, que é o caso de Renan Calheiros, que assumiria o Palácio do Planalto,
que está na linha sucessória de Michel Temer depois do presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ). Se Renan perder tiver o mandato suspenso perderá o foro
privilegiado e poderá ser preso, como Eduardo Cunha, para a alegria geral da
Nação.
Tudo joguinho de cena...
ResponderExcluirSTF acaba de suspender a operação Métis da PF...
Alguém em sã consciência acha que o "coroné cangaceiro" iria se dobrar aos "ministrecos" da republiqueta das bananas???