Eduardo Cunha pode fazer delação pra livrar sua mulher da cadeia
- O juiz federal Sérgio Moro,
que determinou a prisão preventiva do deputado cassado Eduardo Cunha
(PMDB), comentou que a perda do mandato em setembro não foi suficiente
para evitar novas obstruções dele às investigações da Operação
Lava-Jato. A afirmação está na decisão do juiz ao atender o pedido de prisão
feito pelo Ministério Público Federal (MPF) e por procuradores da
força-tarefa da Lava-Jato, Moro disse que Eduardo Cunha tem como
"modus operandi" agir de modo dissimulado, valendo-se de
terceiros para obstruir ou intimidar. "Embora a perda do
mandato represente provavelmente alguma perda do poder de obstrução, esse
não foi totalmente esvaziado, desconhecendo-se até o momento a total
extensão das atividades criminais do ex-parlamentar e a sua rede de
influência.", disse o juiz;
- Em nota divulgada por seus
advogados, Eduardo Cunha afirmou que a decisão do juiz federal Sérgio Moro
que resultou na sua prisão é absurda. Na nota, Cunha afirmou: "Trata-se
de uma decisão absurda, sem nenhuma motivação e utilizando-se dos
argumentos de uma ação cautelar extinta pelo Supremo Tribunal Federal. A
referida ação cautelar do Supremo, que pedia minha prisão preventiva, foi
extinta e o juiz, nos fundamentos da decretação de prisão, utiliza os
fundamentos dessa ação cautelar, bem como fatos atinentes à outros inquéritos
que não estão sob sua jurisdição, não sendo ele juiz competente para
deliberar" O advogado de Eduardo Cunha, Ticiano
Figueiredo, afirmou que não há nenhum fato novo para decretação da prisão
desde que o processo foi enviado do Supremo Tribunal Federal (STF) para a
Justiça Federal do Paraná;
- O juiz Sérgio Moro
determinou o bloqueio de carros de luxo que estão em nome da mulher e da
filha de Eduardo Cunha. A medida foi solicitada pela força-tarefa de
procuradores das investigações. Ao determinar o bloqueio, Moro encontrou
oito carros, entre eles um Porsche Cayenne em nome de Cláudia Cruz, mulher
de Cunha, e um jipe Tiguan, registrado por Danielle Cunha, filha do
ex-deputado. Os demais veículos estão em nome de empresas ligadas ao
ex-deputado, como a Jesus Serviços de Promoção e Propaganda e C3 Produções
Artísticas. Com a decisão, os familiares de Cunha estão impedidos de
transferir ou vender os veículos, que serão usados para garantir o
ressarcimento aos cofres públicos em caso de condenação definitiva. E isso
pode acontecer a qualquer momento e é o que mais preocupa o ex-deputado.
Daí as especulações sobre uma possível deleção cuja premiação seria a
liberdade da mulher e da filha.
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