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31 de outubro de 2016

Brancos, nulos e abstenções vencem Crivella (2º) e Freixo (3º)

As eleições do segundo turno para prefeitos demonstraram que alguma coisa tem de ser feita para modificar o sistema eleitoral hoje em vigor no Brasil. O maior exemplo está no resultado do Rio de Janeiro. Marcelo Crivella se elegeu com 1.700.030 votos (59,36%), enquanto Marcelo Freixo ficou com 1.163.662 votos (40,64%). No entanto, se considerarmos que os 149.866 votos em branco, os 569.536 nulos e os 1.314.950 que não compareceram às seções eleitorais totalizam 2.034.352 eleitores, podemos concluir que nem o prefeito eleito nem seu adversário representam o que a maioria da população gostaria de ter à frente da administração municipal nos próximos quatro anos, se bem que alguns entendam que quem não votou, não emitiu opinião. Mas a verdade é que os dois concorrentes na eleição deste domingo não caíram no gosto da população;

O ideal seria que no caso do Rio de Janeiro, quando a rejeição se mostrou evidente, os partidos imediatamente apresentassem ao eleitorado novos nomes e que em poucos dias as urnas estivessem reabertas chamando os eleitores para que fizessem uma nova escolha. Nada disso seria necessário de o voto fosse democraticamente voluntário, porque votaria quem quisesse, e quem comparecesse à seção eleitoral não seria para votar em branco e muito menos anular seu voto. Não haveria sequer necessidade de dois turnos, porque o mais votado estaria eleito. E vai aqui mais uma sugestão: no final da primeira metade do mandato os eleitores seriam chamados a opinar sobre o que estão achando da administração do eleito. Se a maioria o rejeitasse, outro prefeito seria eleito. Pode tudo isso parecer uma utopia, um sonho impossível, mas alguma mudança precisa acontecer. Enfim, resta aos cariocas torcer pelo êxito da administração de Crivella. "Torcer pelo quanto pior, melhor" não vale a pena.

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