· · "A justiça
atrasada não é justiça; senão injustiça qualificada e manifesta". A frase é uma das muitas ditas por Ruy Barbosa, considerado como o
maior jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador
brasileiro de todos os tempos. A citação dele está sendo aqui lembrada porque a
sociedade do país quer entender por quê existe uma enorme diferença de tempo na
definição das penas dos condenados pela Operação Lava-Jato, comparando-se os
processos sob responsabilidade do Supremo Tribunal Federal (STF) com os
repassados ao Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, que andam rápido e
são definidos pelo juiz Sérgio Moro, independentemente de absolvição ou
condenação, neste caso a maioria deles, felizmente. O STF só demonstrou rapidez
quando do processo do "Mensalão do PT", apesar do "freio de
mão" do ministro revisor da ação, Ricardo Lewandowiski, utilizados por ele
tentando sempre reduzir as penas sugeridas
pelo então relator, ministro Joaquim Barbosa, sempre procurando
beneficiar os figurões do governo do PT, que mesmo assim acabaram
condenados e alguns deles estão na cadeia até hoje;
·
Recentemente, com o
STF presidido pelo mesmo Ricardo Lewandowiski, a "marcha
lenta" está sendo utilizada com réus do PT e seus aliados no caso do
"Petrolão", cuja soma de desvios de dinheiro da Petrobras
supera em muito o valor total que o governo do ex-presidente Lula
usou para compra de votos no Congresso Nacional para formar sua base aliada sob
a justificativa da necessidade de conseguir ter "governabilidade"
para levar adiante seus projetos em favor dos menos favorecidos, como dizia. E,
pior ainda, todo esse esquema continuou na gestão de um mandato e meio da
ex-presidente Dilma Rousseff. Ainda resta uma esperança de que o ritmo do
Supremo fique mais acelerado, isso porque a nova presidente da Corte, ministra
Carmem Lúcia, pelas declarações feitas nos últimos dias tem demonstrado vontade
de acelerar o julgamento dos processos da Lava-Jato. Também alimenta essa
expectativa a mudança de atitude de alguns ministros que antes se pareciam como
defensores dos petistas, mas que agora estão tomando decisões em favor
do cumprimento das leis. Que entendam bem o que disse um dia Ruy Barbosa!
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