Como já dissemos aqui
várias vezes, os políticos brasileiros a cada dia batem o recorde mundial da
pouca vergonha. Não há outra definição para a proposta do deputado Vicente
Cândido (PT-SP) – tinha que ser um petista – de incluir no projeto da Reforma
Política, do qual é relator, uma nova regra impedindo a prisão de candidato,
mesmo que apenas presumível, num prazo de até oito meses antes das eleições,
alterando a regra atual que é de apenas 15 dias antes do pleito. A falta de
vergonha do parlamentar do PT é tão evidente quanto ao seu objetivo, tanto que
já estão chamando seu projeto de “emenda Lula”. A ideia é tirar proveito da
morosidade da Justiça em concluir o julgamento da sentença do juiz Sérgio Moro
condenando o ex-presidente Lula à prisão por 9 anos e 6 meses, que não poderia
ir para o xadrez. A preocupação de Vicente Cândido não é a inelegibilidade do
líder petista, mas sim que ela possa concorrer e, se eleito, criar problemas
jurídicos quanto à sua permanência no cargo;
Acontece que
parlamentares da comissão da Reforma Política criticaram a proposta do relator,
que divulgou na mídia sua ideia de alterar o Código Eleitoral
“coincidentemente” dois dias depois da sentença de Sérgio Moro. O deputado do
PT ainda teve a cara-de-pau de afirmar que em nenhum momento pensou em barrar o
processo e beneficiar Lula, soltando uma pérola ao dizer: "A regra não beneficia somente Lula e serve para qualquer um". A regra
serve mesmo para qualquer um, inclusive para bandidos que mesmo não sendo parlamentar
declare à Justiça Eleitoral que tem pretensão de concorrer nas eleições. Mesmo
condenado, o bandido fica solto, evitando praticar crimes. Outra coisa que pode
resultar deste projeto absurdo será a venda de vagas nas nominatas dos
partidos. Mas, não dá para que se admita existir maioria seque na comissão para
levar adiante tal absurdo. Vamos esperar, mesmo que levando em conta que do
atual Congresso Nacional tudo pode se esperar.
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