Há muito tempo que o
Rio de Janeiro vive em estado de guerra. Diariamente tomamos conhecimento de
mortes provocadas por balas perdidas, bem como assassinatos e latrocínios.
Algumas dessas mortes têm evidências de barbarismo até certo ponto desnecessário,
pois são cometidas sem que tenha havido qualquer movimento de reação por parte
das vítimas. Mais triste e revoltante é não se observar nenhuma reação positiva
por parte do Governo do Estado, cada vez mais inerte como também se comprova no
setor de Saúde, com médicos sendo demitidos e sem receber salários, hospitais
sem leitos suficientes e com centros cirúrgicos sendo desativados – alguns não têm
sequer anestésicos – e cirurgias sendo desmarcadas, apesar de urgentes. Assistimos
todos os dias notícias sobre escolas sem aulas, lojas sendo fechadas (algumas
definitivamente) e, pior ainda, crianças e adultos morrendo vítimas de balas
perdidas até dentro de casa. Além de uma polícia inoperante, não vemos nenhuma
providência do Governo, sempre cheio de corruptos e incapazes de exercerem um
cargo público;
Consta na relação do patrimônio
do Poder Executivo que a Polícia Militar do Estado Rio de Janeiro (PMERJ) tem
uma frota composta de 6.756 veículos, dos quais 3.458 estão parados, alguns
deles sem condição de serem recuperados. Também a tropa está reduzida em 1.300
soldados, porque o último concurso para a PM foi realizado em 2014 e desde então
após algumas mortes e aposentadorias não foi chamado nenhum dos aprovados. O cidadão
do Estado e em especial a Cidade do Rio de Janeiro está vendo o crescente domínio
da bandidagem sobre o Poder Público. E tudo isso acontece por falta de
dinheiro. Para irritar ainda mais os cidadãos, quando indagado sobre a
necessidade de o Exército Brasileiro ser chamado para auxiliar na segurança do
Estado, o governador Pezão diz a seguinte imbecilidade numa entrevista: “Prefiro
que Brasília mande dinheiro do que Exército”. Não dá para esperar outra
coisa de um governador que vê em silêncio a Universidade do Estado Rio de
Janeiro (Uerj) anunciar que no mês de junho terminaram as aulas do segundo de 2016.
Além do impeachment de Pezão, também seria o caso de uma intervenção federal,
mas cadê a moral do gorno do presidente Michel Temes? Parece que só resta aos
fluminenses cantar aquele conta evangélico: “Segura nas mãos de Deus”.
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