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17 de julho de 2017

Condenação de Lula não é motivo para espantar ninguém

Por que tanto espanto com a condenação de Lula? Por tudo que tem sido divulgado nos últimos tempos, ela era mais que esperada e desejada por aqueles que são vítimas dos descalabros administrativos e das falcatruas cometidas por ele durante dois mandatos de presidente da República e mais dois anos de Dilma Rousseff, o “poste” que ele indicou como a grande “gerentona” para substitui-lo, mas que entre outras coisas conseguiu levar o Brasil a viver crises econômica, política, social e moral nunca antes vistas no país e que provocou o desemprego de 14 milhões de pessoas, tudo isso sob o comando de Lula, mesmo fora da Presidência. O que não pode acontecer é o esquecimento disso tudo. E tem mais o detalhe de que este é apenas um dos cinco processos pelos quais ele ainda responde. Foram 13 anos de institucionalização da corrupção. Tentando se mostrar como vítima do juiz Sérgio Moro, o ex-presidente e seus advogados sempre repetem que Lula é perseguido pelo magistrado que comanda a Operação Lava-Jato, que o condenou à revelia, mesmo com o juiz demonstrando numa sentença com cerca de 200 páginas a existência de provas documentais, testemunhais e periciais. Em sã consciência, não dá para acreditar que Sérgio Moro daria uma sentença tão rigorosa condenando uma figura conhecida em todo o mundo sem ter segurança de que seu trabalho possa ser anulado por motivo de tantos erros. Certamente ele se preparou para os recursos que os advogados de Lula certamente darão entrada no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Daí o seu cuidado para que somente após o pronunciamento do colegiado o ex-presidente Lula mude de residência, saindo de seu apartamento – será que é mesmo dele? – em São Bernardo para uma cela em Curitiba.

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