Num momento em que os
políticos brasileiros estão com o prestígio perto de zero junto à opinião pública,
a patética atuação das senadoras tomando de assalto a mesa do presidente do
Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), durante cerca de oito
horas não ajudou em nada a melhorar o conceito dos representantes do povo –
legalmente é o que elas são por incrível que pareça –, imitando o que aconteceu
recentemente na Venezuela, que foi invadido por apoiadores do presidente
Nicolás Maduro, demonstraram que estavam submetidas a pressões externas. Coube
ao senador Lindbergh Farias (PT-RJ), ex-líder estudantil, a montagem da
pantomima ordenando que a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) – é aquela que
durante as discussões sobre o impeachment da ex-presidente Dilma fez uma
declaração que entrou no folclore político do país: "Não
entendi nada, só sei que é GOPI!" – ordenando que ela permanecesse na cadeira do
presidente do Senado Federal quando já pretendia liberá-la. Tudo isso foi uma
tentativa para impedir que os senadores votassem o projeto da Reforma
Trabalhista, que acabou sendo aprovada com 50 votos favoráveis e 26 contrários
e uma abstenção. Além de Fátima Bezerra, também ocuparam a mesa as senadoras
Gleisi Hoffman (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Regina Souza PT-PY), Ângela
Portela (PDT-RR) e Lídice da Mata (PSD-BA). O resultado da cena está sendo
criticado por parlamentares dos quase todos os partidos e o senador José
Medeiros (PSD-MT) protocolou no Conselho de Ética do Senado pedido de abertura
de processo para cassação do mandato das quatro senadoras e tomaram de assalto
a cadeira do senador Eunício Oliveira, que comandou a sessão que aprovou a Reforma
Trabalhista sentado em uma cadeira colocada em outro local do plenário.
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